terça-feira, 18 de maio de 2010

Por Clebson Marcelo Cordeiro, ll TUR-FAIBI.

POLÍTICA E DESENVOLVIMENTO DO MUNDO.
Ideologia da competência é a forma da burguesia estar no poder, como em Intelectuais e o Poder, quando os patrões e os poderosos deixam os revolucionários fazerem um movimento revolucionário, porém quando é atingido o grau desejado(de reforma), é abafado e o poder retorna as mãos de quem o detinha anteriormente, ou troca-se de dono, pois o povo pode não gostar deste ou aquele no poder, mas mesmo assim ele elege alguém para representa-lo, visto que o povo não gosta de estar no poder.
Então desta maneira, quando se tem uma ordem relativa, gera-se uma desordem, para organizar-se novamente instaurando a ordem, que vem logo a desordem, reorganização, desordem, esta é uma situação cíclica do caos e ordem.
O poder esconde as vozes das massas, para ele o que interessa é somente o fato de não ser “os sem-poder”, mesmo não sabendo exatamente de onde ele vem, sabemos quem os sente de forma mais truculenta, com a sua mão pesada, então podemos dizer que a minoria se elege a “sociedade de controle”, mostrando assim uma forma de poder, o consumismo.
Este consumismo não apareceu do nada, ele foi inventado, moldado e com uma metodologia aplicada, a do marketing, forma que fez com que a visão do ser humano fosse manipulada para vislumbrar o consumo, forjando um pensamento de que ao comprarmos algo, estaríamos indo no caminho da felicidade, aumentaríamos a nossa auto-estima, engrandeceríamos o nosso ego. Essas metodologias foram aplicadas na mente da maioria das pessoas, fazendo que o consumo seja uma forma de vida, seriam rituais, quase uma regra, mas para isso as coisa teriam que serem descartáveis, ter um fluxo rápido, então podemos verificar duas situações: a obsolescência planejada (onde os produtos são feito com um prazo para serem descartados) e a obsolescência perceptiva (poderíamos exemplifica-la como o modismo).
Neste caso podemos dizer que a subjetividade de cada pessoa foi moldada para atender alguns objetivos, e estes são de um tipo de poder, aplicados por organizações com o consentimento dos Estados, uma produção da subjetividade.
Quando foi elaborada esta teoria, que não se importava com os setores adjacentes, surgia também uma outra teoria, a dos sistemas, esta mostra que tudo está interligado, tudo é um rizoma, mas para o poder importava apenas o lucro não importando com o grupo de sistemas.
Nesta teoria podemos observar a ligação dos ecossistemas, onde não existe uma hierarquização dos setores, seja qual for, nem se tomando como paradigma, pois nunca há um rizoma, mas rizomas, na medida em que o paradigma fechado paralisa o pensamento por meio de especializações, focando em algo somente.
Já com esse conceito, estamos observando a necessidade da procura constante do saber, de ser ativo, não aceitar por aceitar, utilizar-se do já conhecido para resolver novos problemas.
A educação para um rizoma não acontece de um dia para o outro, é necessário uma persistência muito grande, temos que fazer que os jovens educandos tenha uma cabeça bem feita, essa cabeça bem feita começa com a curiosidade, uma aptidão interrogativa, o aprender a aprender, não ficar somente com o que está pronto, buscar o novo, saber como as coisas interagem, transpõem-se uma sas outras.
Esses novos aprendizes terão que visualizar os sistemas, ver o sentido de suas organizações, só assim que eles verão as ligações dos conhecimentos, pois se o todo é feito de partes, ele não é simplesmente a somatória delas, o todo é muito mais que isso, ele é uma interdependência, transdependência delas, é algo que tem uma complexidade enorme, ela tem raízes que ligam tudo a todos.
Já disse um sábio, que nós seres humanos não usamos mais que dez por cento de nossa cabeça animal, portanto existe um enorme caminho a percorrer no sentido do entendimento dos rizomas.
Quando nos especializamos muito, vamos ao âmago das coisas, estamos deixando de ver o entorno das coisas ou situações, vemos somente o que nos interessa e deixamos de lado muitos detalhes que são importantes, essa ideologia da competência, está sendo nociva para o mundo, temos que nos atentar as necessidades da natureza.
Essa especialização foi bem aplicada em épocas passadas, ela ajudou a entender, desbravar situações antes não compreendidas.
A idéia mecanicista repara o que quebrou, e não procura saber o porquê quebrou, ela atua de forma intervencionista e não prevencionista, ela é alopática, atua nos efeitos e não nas causas.
Desse modo ela pode resolver uma parte, mas ao mesmo tempo, ela está subvalorizando outras, mas os sistemas são interativos, o que afeta um, vale para todos, ou pelo menos aos adjacentes.
Para se fazer um bom desenvolvimento, termos que atuar no sistema e não em sua parte, a vida social de um indivíduo, está intimamente ligada a sua educação, situação financeira, as suas crenças, as suas atitudes entre outras.
Este é o rizoma, todos dependentes dos outros, é uma relação de conexões, de constantes fragmentações, constantes transformações, de criatividade, criações; e estas podem ter duas possibilidades, para um desenvolvimento sustentável ou não.
Há um fomento para o aumento do poder, da concentração deste, e que as organizações(firmas) é quem dá as ordens no mundo capitalista, priorizando-as, e deixando de lado os seres vivos, a natureza.
Estes agenciadores maquínicos, utilizam de uma servidão forçada do homem e do planeta para os seus objetivos, utilizam-se das mídias para intitular que nas compras as pessoas ficarão felizes, mas a exploração do homem pelo homem, e do planeta pelo homem, é limitada, os recursos naturais são limitados, mas para as pessoas está ocorrendo um direcionamento.
Esta direção é evidente nas organizações, não emprega-se uma hierarquização, ela está sendo mais lateral, isso ocorre para levar as pessoas a se sentirem como sendo o dono dela(forma quase invisível de exploração), o trabalho em equipe, para visar somente a produção(veloz e contínua),levando o desemprego como sendo uma arma do patrão, contra os funcionários.
A inversão do trabalhador a empregado e depois colaborador, gera uma ilusão de que eles não são mais a força de trabalho, e sim participantes de uma comunidade(equipe) com objetivos mútuos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em suma, estamos vivenciando muitas situações, o planeta é escasso, ele tem uma limitação em nossa época, mas ele é vivo e se o destruirmos, ele cobrara o preço da humanidade, mas ele se reorganizara.
As especializações são importantes, mas sem uma visão do todo, ela pode tornar-se perigosa, tanto como um câncer.
As organizações são poderosas, mas quando irão dar conta que, sem pessoas para comprar os seus serviços ou produto, elas não existirão mais.
A corrida já começou, a muito tempo, os humanos estão achando que são as lebres, porém o planeta é uma tartaruga, lenta mas constante.
“O homem não evolui no planeta, e sim, evolui com o planeta”.

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