terça-feira, 18 de maio de 2010

Alienação do Poder e sua subjetividade

Será que se as pessoas começassem a falar por si e agir em nome delas mesmas, se opondo a essa falsa representação de poder que caracteriza o sistema em que vivemos hoje e que sempre foi assim, algo realmente mudaria? As pessoas conseguiriam viver sem essa classe que detêm o poder e exerce uma grande força de repressão sobre tudo, que dita princípios, costumes, regras e controla nossos desejos.
Essa relação entre desejo e poder é muito subjetiva, porque nossa sociedade querendo ou não está dividida por aqueles que só fazem(operários, por exemplo) e naqueles que pensam e mandam, que manipula e controla as pessoas, fazendo-as acreditar que isso ou aquilo é o melhor, alienando.
É preciso que as pessoas falem por si mesmas, e para isso é preciso praticar e como no texto ‘Os Intelectuais no poder’ em que se diz que ‘Nenhuma teoria pode se desenvolver sem encontrar uma espécie de muro, é preciso pratica para atravessar o muro’ ou seja, para essa pratica, tomamos como exemplo um meio de reclusão e forma de poder absoluta que é uma prisão, ai pega-se essas pessoas excluídas e deixa-se que elas comecem a falar por si mesmas e o que se descobre, é que as massas não precisam de ninguém para saber, pois elas sabem muito bem. Essa figura de ‘intelectual que diz o que pode e não pode fazer’ não é mais necessária. Ou seja, a prisão foi só um exemplo, mas isso é um problema local e marginal e são coisas que nos ensinam quando criança, que a prisão é o único meio onde o poder se manifesta da maneira mais pura em suas dimensões excessivas e se justifica como poder moral, onde mostra o bem sobre o mal, da ordem sobre a desordem. Com isso tudo, podemos falar sobre o texto de Ideologia, pois quem nos dita o que é certo ou errado, o que pode e o que não pode? Segundo o texto de Marilena Chauí, “Ideologia é um conjunto lógico, sistemático e coerente de representações (idéias e valores) e de normas ou regras (de conduta) que indicam e prescrevem aos membros da sociedade o que devem pensar e como devem pensar o que devem valorizar e como devem valorizar o que devem sentir e como devem sentir o que devem fazer e como devem fazer”.
As relações entre desejo e poder, são mais complexas do que geralmente se acredita, e não são necessariamente os que exercem o poder que têm interesse em exercê-lo afinal o que está por trás disso é uma classe, pessoas que desconhecemos e que buscam satisfazer necessidades e desejos que muitas vezes são individuais.
Todas as formas atuais de repressão, que são múltiplas, se totalizam facilmente do ponto de vista do poder. Neste sentido, é verdade que as escolas se parecem com prisões, as fabricas mais ainda, porque seus funcionários só podem ir ao banheiro certo tanto de vezes por dia, tem hora pra tudo, pra isso, praquilo, então a prisão em si, creio que acaba servinddo como modelo para essas outras “Prisões” em que vivemos no nosso cotidiano de maneira voluntária.
Agora, com todas essas informações, se desviarmos nosso foco para o turismo, vemos que não é muita coisa que muda, a produção dessa subjetividade’ onde as pessoas são controladas e movidas pelo desejo de comprar, consumir e ter aquilo que lhes é mostrado, com o poder de poucos e o desejo deles, cria-se esse desejo no outro também, essa maquina produtora de subjetividade como o capitalismo, por exemplo, nos ditam para comprar cada vez mais, consumir cada vez mais e no turismo divulgam lugares que se tornam receptor do turismo de massa, onde empresas multinacionais, resorts, invadem cidades e comunidades sem pedir licença e acabam por destruir casas, famílias e fontes de rendas modestas para criar lugares cheios de luxo, onde pessoas cheias de dinheiro irão somente porque é onde todo mundo vai. A cultura e historia desse povo é perdida, problemas econômicos e sociais podem surgir se não houver ligação e interação entre empresas privadas, publicas e a comunidade, pois não se desenvolve, só destrói.
Francisco de Assis

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