quinta-feira, 17 de junho de 2010

Conexão ? tentativa 2

O turismo é uma área de estudo multidisciplinar que possui muita interação com outras áreas, uma metáfora interessante para se falar do turismo é conceito do Rizoma que remete para a multiplicidade e possui seis princípios básicos 1) Principio de conexão: todos os seus pontos estão conectados a qualquer outro. 2)Principio de heterogeneidade: composto de partes diferentes. 3)Principio de multiplicidade: o rizoma é multiplicidade que não pode ser reduzida a unidade. 4)Principio de cartografia: pode ser mapeado, cartografado e tal cartografia mostra que ele possui entradas múltiplas,ou seja pode ser acessado de diversos pontos. 5)Principio de ruptura assignificante: não possui nenhum processo de significação, de hierarquização. 6) Principio de decalcomania: pode ser copiado mas se colocar uma copia sobre o original nem sempre garante uma sobreposição perfeita.

“... Diferente da árvore, a imagem do rizoma não se presta nem a uma hierarquização nem a ser tomada como paradigma, pois nunca há um rizoma, mas rizomas; na mesma medida em que o paradigma, fechado, paralisa o pensamento, o rizoma, sempre aberto, faz proliferar pensamento...” Guattari e Deleuze

Voltando ao Turismo seu estudo é uma área de recente desenvolvimento dentre as ciências sociais aplicadas. No Brasil os primeiros cursos superiores na área sugiram no início da década de 1970, destacando-se aqueles criados na antiga Faculdade Anhembi Morumbi e na Universidade de São Paulo, e também o da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), sendo turismologo o termo utilizado designar o estudioso ou especialista na área ,determinada informação sobre o especialista do turismo conecta-se no caso com o pensamento de Marilena Chauí que falam sobre a “ Ideologia da Competência “ na qual mostra uma divisão entre os que possuem poder porque possuem saber e os que não possuem porque não possuem saber ,ou seja na Sociedade Capitalista que vivemos se da mais valor para as pessoas que conseguem freqüentar um curso superior por elas terem conhecimento desmerecendo assim as outras pessoas que não possuem as mesmas condições de ter um estudo mesmo isso sendo no caso culpa também da sociedade que vivemos onde prevalece as desigualdades que muitas vezes é camuflada pelos ideologia do capitalismo, conjunto de idéias e crenças que valoriza o ‘o ter “ nunca “o ser “ , sempre sou melhor porque tenho , sempre posso mais que aquele que não tem, tenho poder sobre os que não tem.

“... perceberemos que a divisão social das classes está acrescida de novas divisões, e que estas podem ser resumidas numa só e grande divisão: a divisão entre os que possuem poder porque possuem saber e os que não possuem poder porque não possuem saber...” Chauí, 1980, p105

Todo esse papo de Capitalismo e poder daqueles que tem dinheiro me faz um conexão com um outro texto estudado em sala de aula chamado “ Os intelectuais e o poder ‘ que mostra uma conversa entre Michel Foucault e Gilles Deleuze ( o segundo citado no caso o mesmo do texto do Rizoma) nesse texto é falado sobre as teorias que no caso são elaboradas pelos especialistas ,se pesquisa para chegar numa teoria e todas as teorias são certas para o tempo que elas foram elaboradas EX: cria- se uma teoria sobre o Turismo, durante um determinado tempo ela esta certa mas com o passar do anos essa teoria precisa de adaptar para acompanhar o desenvolvimento do Turismo. Outra questão citada por Marilena é a questão do Poder, ou seja de onde provem o poder? Quem possui o Poder ? O que é Poder?, essa questão é muito complexa é, o Poder na verdade esta embutido na cabeça das pessoas que se submetem ao poder da sociedade ou dos governantes que pensam pelas pessoas e dizem como elas devem viver e agir, mesmo que na verdade as pessoas no fundo de suas cabeças já tem as respostas e os conhecimentos de como dirigir as suas vidas, mas quem vai contra o sistema é taxado como louco.

“... Ora, o que os intelectuais descobriram recentemente é que as massas não necessitam deles para saber;elas sabem perfeitamente, claramente, muito melhor do que eles; e elas o dizem muito bem. Mas existe um sistemas de poder que barra, proíbe, invalida esse discurso e esse saber...”Foucalt e Deleuze,1972,p71


Todos esse assunto e políticas abordados nas apostilas durante a aula possuem uma grande conexão com o estudo do Turismo, pois o Turismo está ligado com as pessoas e seus modos de viver e pensar e agir ,com suas relações familiares e seus grupos sócias cada individuo diferente do outro com seus gostos em particular e com suas próprias crenças regras, desejos, vontades, expectativas, e tudo quanto é política e ideologia mesmo certa ou errada consegue de uma maneira ou outra influenciar o andamento do da pratica do Turismo.


jonathan ivair pekin.

domingo, 6 de junho de 2010

Conexões entre os textos

Carlos Alberto Novelli

Nova reformulação dos textos Ideologia da Competência, Complexidade, Rizoma, Micropolitica e Subjetividade, Os Intelectuais e o Poder.

Para Engels e Marx, " a ideologia não tem história, mas fabrica história para legitimar a dominação da classe dominante" (política maior). Com isso o poder se detém por essas classes definidas por seus interesses. Para Foucalt, o poder é antes,produtor, depois repressor, este então produz as maneiras de viver as verdades, também como devem ser as estruturas sociais e seus espaços; Guattari chama isso de micropolítica, ou seja, produtora da realidade, portanto produtoras parciais da subjetividade.
Nesse modelo de sociedade não se ensina os homens a serem honestos mas ensina-se tudo o mais (Pascal), Deleuze e Guattari defendem a totalidade do conhecimento onde se possa trazer uma multiplicidade de idéias, e o saber passa a ser uma funcionalidade sem hierarquia. A transversalidade rizomática aponta para a construção de possíveis trânsitos pela multiplicidade de saberes e suas policompreensões infinitas.
Se a educação pudesse favorecer a aptidão natural da mente e estimulasse a resolução dos problemas e o pleno emprego da inteligência geral, evitariasse o acúmulo estéril e desnecessário de conhecimentos. Para que isso acontecesse seria necessário a articulação das disciplinas e um verdadeiro reforço de pensamentos culminando com o final da ideologia da competência e o surgimento de uma multiplicidade de pensamentos, porém existe um sistema de poder que barra o saber que as massas possuem, na verdade é uma trama sutil dessa sociedade que visa o crescimento do capital sem se preocupar com a verdadeira realização do ser humano.
A globalização tende a unir os saberes para que a repressão possa ser mais abrangente e assim sufocar as resistências dos pequenos grupos que tentam mostrar que a mídia nos arrasta para um indeterminado difuso, que ditam suas tencências com seus "sucessos", sinalizando enfim o que o mundo/mercado espera de nós a cada momento e determina que temos que fazer parte dele estando sempre inteligível às demandas e prontos para a ação. Essa organização afirma que há racionalidade nas leis de mercado, os especialista dizem que há felicidade na competição e no sucesso, portantop esta organização é competente, os indivíduos e as classes sociais são incompetentes. Temos que ter consciência que nada é fixo, nem sujeito, nem espaço, tudo é passível de mudança, a subjetividade "não se situa no plano individual, seu campo é de todos os processos de produção social e material" (Guattari, 1986).]
Hoje, não se sabe quem detem o poder, se o Estado, se as Empresas, o que se sabe é quem não o possui e são os pequenos grupos que criam resistência e tentam formar um complexo rizomático para organizarem-se e assim terem uma cabeça bem feita e não bem cheia.
Pude então fazer uma análise mediante a esta relação e conexão dos textos aqui estudados, a conclusão a que cheguei é simples, porém flexível, até quando esta estrutura da sociedade de modelo hierárquico poderá impor sua ordem através da repressão sucinta e gradativa sobre este complexo rizomático que procura se organizar em pequenos grupos e tenta trazer a diversidade de pensamentos e portanto as possibilidades de mudanças geradas por essas subjetividades?
Essa política menor possibilita a existência de um sujeito determinado e resiliente que, em muitas situações pode parecer um anarquista e perturbador da ordem, mas só quer nos fazer refletir: "até quando seremos vaca de engenho?".
Quando pensamos mais especificamente na área do turismo, podemos observar que é um setor bastante promissor e em expansão. Porém a que custo isto está acontecendo? Estamos novamente observando uma dicotomia que vem acompanhada de altos interesses, geradas pelo mercado dominante, não pela pequena empresa que defende o turismo alternativo de baixa densidade, tipo caseiro e sem mercado dominante que teria apenas um interesse de suplementar a renda de pequenas famílias. Este é entendido como adequado e preocupado com as causas ambientais, sem agredir o meio ambiente, empregando recursos locais geridos pelas comunidade de acorlhimento que privilegia o desenrolar de atividades entre quem visita e quem é visitado sem por em causa o ambiente, relacionando o desenvolvimento com a promoção do local, conjugando o fator natural com o humano, além de respeitar o turista que deve ser entendido como o viajante que se desloca para visitar destinos diferentes do de residência habitual, por tempo limitado, com o objetivo de lazer que proporcione conhecimento e enriquecimento pessoal fundamentando no respeito mútuo com povos, culturas e ambientes naturais diferentes. Porém o que muitas vezes se ve são os altos interesses que criam Resorts acompanhados de programas midiáticos que levam os turistas a visitarem o lugar apenas por modismo, ou seja, porque todo mundo vai, sem perceber que estão nos ditando tendências, usando estratégias sordidas que nos conduzem para o sucesso do mundo tendencioso e interesseiro, muitas vezes envolvido com propriedade estrangeiras, porém essas garantem-se pela alta densidade e grandes recursos obtidos, permitindo assim continuar em seu merdado dominante e dogmátigo.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Conexões entre os textos/Paulo Rafael Botter

Ideologia é um termo que possui diferentes significados e duas concepções: a neutra e a crítica. No senso comum o termo ideologia é sinônimo ao termo ideário (em português), contendo o sentido neutro de conjunto de idéias, de pensamentos, de doutrinasou de visões de mundo de um indivíduo ou de um grupo, orientado para suas ações sociais e, principalmente, políticas.Para ficar mais claro, hoje a sociedade passa por duas políticas que são elas a política maior e a política a política maior são os grandes governos e a política menor no caso é a sociedade.
“... Ora, o que os intelectuais descobriram recentemente é que as massas não necessitam deles para saber; elas sabem perfeitamente, claramente muito melhor que eles; e elas dizem muito bem... Os intelectuais e o poder pagina 71”
Os intelectuais na época da burguesia prevalecia na sociedade, sendo que as palavras ditas por eles eram considerados essenciais,já nos tempos de hoje quaisquer pessoa da sociedade tanto ela intelectual ou pessoa comum pode se expressar de qualquer forma.
Mas hoje na sociedade, isso passa a ser aspecto de modismo, ou seja, a sociedade está alienada com tudo aquilo que se passa e é mostrado na TV isso afeta principalmente os jovens que perdem sua identidade, sua forma de pensar. Isso para os jovens é sinônimo de alienação e não ter sua própria opinião formada.
Devemos caminhar a passos largos para fazer uma grande mudança em relação a isso e a diversos outros setores na sociedade, como por exemplo, fazer uma reforma no modo de pensar, não ficarmos em um único lugar no pensamento abrir a nossa mente para gerar novos paradigmas na sociedade.
Um caso para ser estudado e aplicado para fazer uma grande mudança é o mundo em que estamos vivendo que é a do capitalismo para se ter uma idéia estamos consumindo em grande quantidade e em coisas desnecessárias para muitos consumidores isso é normal acontecer, mas para aqueles que têm a consciência do que o mundo está passando isso carreta em vários prejuízos para o planeta terra.
O acumulo de lixo causado com a constante freqüência do consumismo e o descarte irregular de objetos que contenham substancia tóxicas, isso prejudica tanto o solo como o ar. Essa é uma grande questão a ser estudada em sala de aula e aplicada.
Para se fazer tais melhorias, devemos colocar isso em pratica começando a colocar e fazer primeira coisa é a teoria fazer tudo e expor no papel as idéias e soluções e fazer pesquisas para abranger mais o campo de conhecimento e logo em seguida aplicada tudo isso na pratica para obter os resultados e soluções para fazer a mudança no mundo ou até pelo menos conscientizar a humanidade. Todos nos somos capazes de fazer grandes mudanças nesse mundo, devemos começar a mudar nós mesmos. Para todos que querem fazer mudança um grande exemplo é Karl Marx para poder fazer diferença na vida.
“... A metáfora tradicional da estrutura do conhecimento é a arbórea: ele é tomado como uma grande árvore, cujas extensas raízes devem estar fincadas em solo firme... Rizoma Félix Guattari & Gilles Deleuze”
Um outro fator a ser debatido é sobre o capitalismo grandes corporações e grandes empresários, utilizam do seu dinheiro para gerar o poder absoluto na sociedade, com esse dinheiro eles manipulam tudo e até mesmo manipular governos entre outras organizações.
Isso também pode ser considerado algo para fazer uma mudança nisso principalmente no Brasil, pois os políticos aqui do nosso pai a minoria ou quase nada são honesto.
Importante também é de destacar sobre um texto anteriormente feito como um trabalho e ser colocado nesse trabalho também.
No que vivemos hoje no mundo é fruto de sérias conseqüências do passado, como por exemplo, a ideologia, antigamente prevalecia o status de quem estar no topo de qualquer organização poderia mandar em todos os seus subordinados isso ainda prevalece no contexto da sociedade, vemos também na sociedade o modismo que é passado em várias mídias sociais aonde a pessoa ao assistir tal informação ela acaba criando uma identidade, ou melhor, uma identidade que não é pra ela, e isso gera o modismo trazendo em grandes massas sociais.
Já no perfil turístico isso não é diferente vemos também a massa turística, aonde os lugares aonde se encontram maiores aglomerações de visitantes é conseqüência da ideologia aonde a massa reflete aquilo que é passado em mídias como havia dito anteriormente, isso não reflete só no social, mas no âmbito do turismo. Situação no turismo que é quando uma pessoa compra o turismo pela foto, ou seja, a pessoa escolhe o lugar pela imagem passada e não pela experiência.

sábado, 22 de maio de 2010

TURISMO, UMA TEORIA DE COMPLEXIDADES - PARTE 2

Adriana da Silva
A sociedade atual durante todo o seu ciclo de evolução passou por diversas modificações em seu modo de vida, antes o individuo tinha a simples necessidade de sobreviver, o seu trabalho e suas aspirações, sua cultura era voltada para suas tradições e seu trabalho para sua sobrevivência e de sua família, mas um novo modo de pensar surgiu mudando a sociedade e impuseram novas regras e normas a serem seguidas. Mas a grande mudança ainda estava para acontecer e veio com a revolução industrial, que trouxe alterações no processo de trabalho do individuo, que deixou de ter suas aspirações, seus costumes e tradições e passou por um processo de mecanização que se tornaram indispensáveis para sua sobrevivência, antes as famílias trabalhavam em pequenos negócios para manter o seu sustento como, por exemplo, um carpinteiro que para construir uma mesa ele ia desde a matéria prima até o produto final, todas as etapas eram feitas por ele mesmo, já o individuo subordinado ao processo de trabalho nas fabricas, repetindo os mesmos gestos o tempo todo dividido em setores diferentes construindo os objetos em partes tirando do trabalhador toda a sua criatividade de construir, (denominados os subordinados), dominados pelos que possuem o conhecimento, o saber que pelo fato de obter conhecimento dominam a sociedade com normas e regras, os possuidores do poder. ”A divisão social se realiza entre os competentes (os especialistas que possuem o conhecimento tecnológico as incompetentes- que executam as tarefas comandadas pelos especialistas” (Marilena Chauí o que é ideologia - pag.104). O turismo, o lazer, é uma dessas novas criações que surgiu não meramente por acaso, mas pela necessidade do individuo fugir de sua rotina mecanizada surgiu como fuga para suas frustrações e descontentamento para descansar o corpo e a mente. É uma disciplina dos tempos modernos que ainda não esta terminada é multidisciplinar se interliga com outras disciplinas (Biologia, Geografia, Política, Ecologia, Ciências, História, Meio Ambiente etc., combustíveis, transportes, etc.), Que divide em dois pontos turismo de massa, turismo sustentável. Turismo de massa é regido pela ideologia da organização a ordem, hierarquia do poder onde as ordens do que se faz vem de cima para baixo e tudo gira em torno do interesse de gera renda de lucrar cada vez mais , turismo de massa causa a descaracterização a perda da identidade local, da cultura, das crenças, costumes, do modo de vida local e insere no lugar uma cultura global. O turismo de massa recebe um grande fluxo de pessoas e pode trazer o desenvolvimento local , como trabalhos temporários , surgimento de novos hotéis, restaurantes, meios de transportes e etc., mas ele também causa prejuízos ao local como o aumento do lixo, esgotamento dos recursos naturais, trafego de veículos, aumento da inflação( alimentos, combustível, transportes etc.). E por outro lado existe o turismo sustentável (que é a minoria), é regido por uma base comunitária onde as características locais e a cultura são preservados, neste caso é o turismo que tem que se adequar a comunidade, criando uma rede de conexões onde os pontos se interligam, no turismo comunitário é o turista que se insere na comunidade , buscando conhecer uma nova cultura. O turismo sustentável existe mais é um numero pequeno comparado ao grande fluxo do turismo de massa é necessário que haja uma mudança nessa realidade , a sociedade precisa se conscientizar do estrago que o turismo de massa pode causar. É necessário nos conscientizarmos que não os somos donos do mundo e que todos temos os mesmos direitos e que os recursos são esgotáveis e que é necessário preservar, isso deve ocorrer como mudança de vida e atitudes na sociedade em geral: o desperdício de água, lixo jogado nas ruas (não só pelos turistas mas como a população local), destruição das matas, as queimadas, etc. A sociedade de modo geral necessita urgentemente ser modificada, mas isso só irá acontecer quando a população se der conta que a primeira mudança que deve acontecer esta em seu modo de pensar e nas suas atitudes, deixar de obedecer as normas e regras estipuladas pelos políticos, os dominantes e começarem a pensar por si mesmo buscando novas alternativas para tornar a sociedade mais responsável e sustentável.”Depois de você sentir a necessidade das pessoas reclusas, pessoas que estão nas revezamento”(Os intelectuais e o poder- Michel Foucault e Gilles Deleuze.pag. 70).

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Conexões entre os textos

TEXTOS: IDEOLOGIA, COMPLEXIDADE, RIZOMA, MICROPOLITICA E INTELECTUAIS DO PODER

Ideologia pode ser considerada o conjunto de pensamentos, de idéias ou doutrinas de visões e mundos diferentes de um indivíduo ou grupo de pessoas sobre determinando assunto. Com relação ao turismo parece que acham que é mais fácil pensar com a cabeça dos outros. É incrível, mas o modismo toma conta realmente desse tipo de assunto.
Se a TV lança um lugar novo, mostra suas imagens lindas e exuberantes e ainda, se aparece um artista famoso fazendo a propaganda então, esse sem dúvida se torna o lugar mais desejado de se conhecer no mundo. Aparentemente é mais fácil visitar lugares que estão vivendo seu “momento de glória” do que realmente conhecer um lugar mais simples, mais singelo, mas que realmente queira ser conhecido de fato.
Para esses locais que estão vivendo seu “momento de glória”, infelizmente acontece mudanças que acabam sendo necessárias para se adequar a esse aumento repentino de pessoas no mesmo lugar ao mesmo tempo. A infra – estrutura precisa muitas vezes ser adaptada para atender a demanda e seus aspectos físicos naturais também sofrem grandes transformações – um exemplo disso é a construção de um hotel num local onde antes se tinha uma praça que as crianças brincavam livres e em meio aos seus familiares e amiguinhos. O local muitas vezes acaba perdendo sua identidade original. Perde sua essência, cria-se a necessidade de mudar as coisas e sua história pode não se encaixar neste novo perfil de mudanças, o que faz com que a originalidade de um lugar não exista mais.
Claro que devemos conhecer novos lugares, passar por novas experiências e aventuras, mas devemos sempre nos manter ligados às nossas raízes. Não podemos nos esquecer de onde viemos. Devemos ter nossa própria ideologia e não viver a das outras pessoas. Esse sentido de ideologia infelizmente não para apenas no setor do turismo, mas se encaixa hoje em dia, em qualquer outro perfil, sejam eles empresariais, turísticos ou mesmo pessoais. Precisamos pensar mais com nossas cabeças e incentivar as pessoas a fazerem isso.
Chega de pensar com a mentalidade do próximo, chega de viver a vida do outro, chega de não ter suas próprias vontades. Vamos fazer a diferença. As pessoas precisam impor suas regras e seguir em frente, seria muito mais simples e fácil de se conviver se as coisas e pessoas fossem assim.
Dentro de tantas formas de pensar, claro que acontece uma bagunça generalizada. Tantas idéias para organizar e tantas decisões a tomar geram sem duvida nenhuma uma série de problemas a serem resolvidos. Com isso, para elaborar um plano de organização bem elaborado é preciso bagunçar as idéias, é preciso desorganizar para organizar. Desorganizamos os conceitos em nossas cabeças, desmembramos as idéias e formas de elaboração e cria-se dessa maneira um novo plano de idéias, uma nova forma de resolver os problemas apresentados. Todos estes conceitos cabem perfeitamente dentro da industria do turismo. Um bom exemplo seria o de tentar elaborar um novo roteiro turístico dentro de uma cidade que infelizmente encontra-se desgastado. É preciso regredir nas idéias para se descobrir o porque dos problemas terem aparecidos, e assim desta forma cria-se uma nova resolução para isto, visto que a já existente não funcionou muito bem. Caso contrário não estaríamos tentando resolve - lá. Mas este conceito não é somente válido para se resolver problemas de coisas que não deram certo. Pode-se muito bem usá-lo para se melhorar algum, acrescentar.
Voltamos então no exemplo do roteiro turístico, uma cidade que esta indo muito bem com seus trabalhos e projetos pode implementar alguma idéia dentro de um segmento que ainda não foi trabalhado ou que esteja sendo mal aproveitado. Essas novas resoluções de problemas devem ser elaboradas em conjunto e não por uma única pessoa. Daí surge o conceito do “ser rizoma”. Mas o que isso seria?
Esse conceito nada mais é do que vários pontos que se conectam uns aos outros, formando assim um grande território existencial. É a junção do nosso passado com nosso futuro é o que faz o nosso presente. Dessa forma, para que haja uma ordem nas situações e se tenha a resolução de problemas, é que precisamos criar uma desordem, para que se instigue o caos e assim se crie uma ordem.
A Micro política e a Subjetividade é a ligação entre o sujeito e o agenciamento coletivo. Ou seja, é através da conexão das partes que se forma o todo, é assim também com a pessoa e sua história. Nossa história começa bem antes de nascermos ou sermos concebidos, a ligação desde os primórdios faz a nossa história.
Isso tudo manipula nosso inconsciente, e é assim que se cria o desejo. Quando vemos alguém chupando um sorvete e temos vontade, nós não desejamos o sorvete por que vemos o outro chupando um, mas sim por que não o temos e a outra pessoa tem. Isso gera o consumo, o desejo. Esse tipo de situação gera muitos conflitos, mas também gera uma situação de ouvir o outro, de querer escutar o próximo e é desta forma que os profissionais como os professores, psicólogos, psiquiatras, os agentes sociais e todos os que possuem poder de influir em grupo.
O texto os Intelectuais do Poder nos mostra como transformar as teorias em práticas e as práticas em teorias. Eles nos mostram que a prática é o revezamento entre uma teoria e outra. Esse revezamento provoca uma mudança social e cria-se uma nova teoria. Essa teoria é sempre criada em cima de algo que já passou e ela nunca poderá ser feita em um futuro, mas sempre no passado.
As teorias funcionam como uma caixa de ferramentas. Ela deve servir e funcionar, caso isso não aconteça deve ser descartada. Nunca se refaz uma teoria, o que acontece sempre é uma melhoria dela ou até mesmo o descarte e a criação de outra que sirva para atender as necessidades. As teorias não se totalizam, elas se multiplicam. E o poder que por natureza opera totalizações e dizemos que exatamente a teoria por natureza é contra o poder.


Ticiane Patrícia Moreira

Conexões entre os textos

A ideologia burguesa detinha um pensamento de caráter legislador, ou seja, impunha normas a sociedades, dizendo quem eram os possuidores do saber e do poder (pai, patrão, professor, cientista, governantes) e responsáveis pelo ordem social. Para a burguesia eram somente os possuidores dos saber que sabiam o que era bom e mal para a sociedade. Se antes, a ideologia burguesa afirmava que os agentes sociais (pai, patrão, professor, cientista, governantes) possuiam o poder e presumia que eles também sabiam comandar a sociedade, com a industrialização e modernização das empresas, estas através da divisão social do trabalho passam a ideia de que há aqueles que possui competência para dirigir, administrar e aqueles que só sabem cumprir tarefas, resumindo naqueles que pensam e não pensam.
O discurso da competência privatizada nos ensina que temos que ceder nosso conhecimento aos especialistas, ou seja, aqueles que pensam por nós, pois ideologicamente não somos capazes de pensar. Segundo Marilena Chauí, (2001, p.106), “o discurso da competência privatizada é aquele que ensina a cada um de nós, enquantos indivíduos privados ( e não enquantos sujeitos sociais), como nos relacionarmos com o mundo e com os outros. Esse ensino é feito por especialistas que nos ensinam a viver. Assim, cada um de nós aprende a relacionar-se com o desejo pela medição do discurso da sexologia, a relacionar-se com a alimentação pela mediação do discurso da dietética ou nutricionista, a relacionar-se com a criança por meio do discurso da pediatria, da psicologia e da pedagogia, a relacionar-se com a Natureza pela mediação do discurso ecológico, a relacionar-se com os outros pela mediação do discurso da psicologia e da sociologia, e assim por diante. Isso explica a proliferação dos livros de ‘auto-ajuda’, os programas de conselhos pelo rádio e pela televisão, bem como os programas em que especialistas nos ensinam jardinagem, culinária,maternidade, paternidade, sucesso no trabalho e no amor. Esse discurso competente exige que interiorizemos suas regras e valores, se não quisermos ser considerados lixo e detrito. Estes especialistas nos guiam na forma de viver e hoje “mais do que nunca” (como diz o Faustão) somos comandados por programas de TV que nos ensinam como emagrecer com saúde. Quero salientar que as causas do excesso de gordura está na quantidade de alimentos entalatados que comemos diariamente. A Ana Maria Braga nos ensina a comer prazerosamente e com etiqueta. Além do mais dentro de uma cozinha super moderna, porém é fato que esta cozinha está presente somente nos lares dos possuidores do saber. Contudo, há um ciclo vicioso nesta jogada, a indústria alimentícia através da propaganda nos prepara um banquete delicioso, consequentemente ganhamos massa corporal, daí ganhamos mais massa corporal, mais massa... daí vem a ideologia do bem estar e da moda e diz que temos que ser magros, musculosos e corpo sarado. Em seguida recorremos a TV com seus produtos milagrosos de emagrecimento, compramos, e depois de um tempo tornamos a comprar os enlatados, fechando o ciclo.

Fazendo uma analogia entre o texto “Os intelectuais e o poder” com o texto “Trabalho e alienação” (estudado no primeiro ano de turismo) percebo que a ideia de haver aqueles que pensam e aqueles que fazem advém do pensamento de Platão. Segundo ele e a Antiguidade Grega, o trabalho braçal era desvalorizado, ou seja, aqueles que somente executam não gozavam de nenhum prestígio. Haviam os seus súditos e pensadores, que eram valorizados, possuíam o tempo livre e gozavam de tempo para a contemplação das idéias. Esta era uma atividade teórica muito digna, pois recorre a essência fundamental de todo ser racional, o pensamento. Segundo Edgar Morin (1999 p.22), “o desenvolvimento da inteligência geral requer que seu exercício seja ligado à dúvida, fermento de toda atividade crítica, que, como assinala Juan de Mairena, permite ‘repensar o pensamento’”.

Indo para a era da Revolução Industrial, instituiu-se a produção em série, as máquinas e os trabalhadores. A produção em série nada mais é que estabelecer uma conexão entre as diferentes fases do processo produtivo, e estabelecer também o que cada funcionário produzirá em cada fase. Logo este não tem visão completa daquilo que está produzindo, muito menos o destino final do produto. Segundo “Princípio de conexão: qualquer ponto de um rizoma pode ser/estar conectado a qualquer outro; no paradigma arbóreo, as relações entre pontos precisam ser sempre mediatizadas obedecendo a uma determinada hierarquia e segundo uma “ordem intrínseca” Os possuidores do saber aniquilaram o pensamento dos funcionários, que antes eram manufatureiros e tiveram que deixar suas casas e toda sua criatividade, para trabalhar alienado, desprovido do saber e do pensamento. Eram vistos como uma máquina comandando outra máquina.

As escolas, principalmente as públicas, estão desatualizadas em relação ao ideal de aprendizado. Essas instituições de ensino não estimulam os alunos a questionarem, a ir além daquilo que se ensina. Tudo é dado pronto e acabado, cabendo ao aluno apenas receber as informações. Segundo Michel Foucault (2004 p.72) “Se as crianças conseguissem que seu protestos, ou simplesmente suas questões fossem ouvidas em uma escola maternal, isso seria o bastante para explodir o conjunto do sistema de ensino. Na verdade, esse sistema em que vivemos nada pode suportar: daí sua fragilidade radical em cada ponto, ao mesmo tempo que sua força global de repressão”. Um outro problema é falta de interdisciplinaridade, ou seja, a falta de ligação entre as disciplinas, o que favoreceria uma melhor compreensão, visto que todos os descobrimentos e evolução humana são conseqüências de fatos históricos. Por exemplo, como pode uma professora de matemática, ensinar cálculos sem mostrar ao aluno a origem desta área do saber, que certamente existe fatos históricos na filosofia e certamente daria uma melhor compreensão ao aluno, bem como maior interesse em aprender. O questionamento sobre a vida, análise precisa dos fatos, a desmistificação, o pensamento apurado, é capaz de propor uma reorganização, o chamado “ordem e desordem” proposto em “A cabeça bem feita” em que somos estimulados a refazer, a reconstruir, a conhecer o todo e as partes e propor mudanças. Fazendo uma análise de um fato real, percebo que durante meus estudos no ensino fundamental e médio os professores não faziam conexões entre as disciplinas, mesmo porque no planejamento pedagógico não havia tal proposta. Novamente os possuidores do saber, os intelectuais (Estado) não nos proporcionava o questionamento, a crítica construtiva, a mudança, pois isso seria perigoso, causaria revolução e perda do poder absoluto do Estado. É mais conveniente deixar a população desprovida do saber e do questionamento. A música “Another brick in the wall” de Pink Floyd relata a manipulação sofrida por alunos e a imposição das autoridades sobre eles. Lançado em 1979 no álbum “The Wall”, o clipe mostra um professor autoritário que repreende fortemente seus alunos, dando a estes uma produção em série de pensamento, ou seja, uma opinião formada e inquestionável. Atualmente, sabemos da deficiência educacional das escolas, porém também é fato que os problemas sociais refletem no aprendizado. Vemos crianças e jovens revoltados, destituídos de lares familiares e carente de amor e compreensão. O capitalismo destrói os lares familiares ao cobrar produção, produção e resultado, ocupando tempo de pais e mães que já não educam adequadamente seus filhos, e isto reflete na escola. No dia 11/05/2010 segundo o noticiário, uma aluna entrou com uma faca na escola “Ariovaldo da Fonseca” em Ibitinga. Ela queria atingir um professor do qual não gostava. Vemos que o sistema (Estado,família, escola) está comprometido, não somente uma unidade (escola).

No turismo, existe dois tipos de turista: o de massa e o de vanguarda. São turistas com características distintas. O primeiro prefere lugares agitados, badalados como praias por exemplo. São motivados pelo modismo, ou seja, o destino turístico da moda, do qual a mídia se encarrega se divulgar maciçamente, persuadindo o consumidor de que “só falta ele pra conhecer”. Para este tipo de turista não importa muito o contexto, fatos históricos, cultura, mas sim o simples prazer de curtir tal lugar ou não lugar. Já o turista de vanguarda é um tipo de público mais preocupado com as questões históricas, sociais e culturais do lugar. Vão em busca de conhecimento e algo que os enriqueça culturalmente. Estes procuram lugares pouco freqüentados, onde o turista de massa não vai, portanto o impacto ambiental é menor. Conforme visto no livro “A cabeça bem-feita” este turista não se contém com pouca informação, querem detalhes, querem conhecer as peculiaridades que muitas vezes não estão nos livros de história ou outro qualquer, querem fazer conexões com os fatos históricos e entender a realidade local. No dia 10/05/2010 tivemos uma palestra com um turista que esteve em países como Argentina, México, Peru, Espanha, Estados Unidos entre outros, e pudemos comprovar o que é um turista de vanguarda. Rodrigues (palestrante) se encantou com a cultura do Peru, com a organização do transporte na Espanha, e também a história de cada lugar. Este turista procurou conhecer detalhes e peculiaridades dos países, fazendo conexões entre a história e o mundo atual.


Leandro da Costa Moreira - 2º ano de turismo - Faibi