sexta-feira, 2 de abril de 2010

A Ideologia da competência

... Rafael J. Vieira

A ideologia da competência pode ser resumida da seguinte maneira: não é qualquer pessoa que pode em qualquer lugar e em qualquer ocasião dizer qualquer coisa a qualquer outra pessoa. O que determina de antemão quem tem o direito de falar e quem deve ouvir, assim como predetermina os lugares e as circunstâncias em que é permitido falar e ouvir, e, finalmente, define previamente a forma e o conteúdo do que deve ser dito e precisa ser ouvido. Essas distinções têm como fundamento uma distinção principal, aquela que divide socialmente os detentores de um saber ou de um conhecimento (científico, técnico, religioso, político, artístico), que podem falar e têm o direito de mandar e comandar, e os desprovidos de saber, que devem ouvir e obedecer. A ideologia da competência institui a divisão social entre os competentes (aqueles que sabem), e os incompetentes (os que obedecem).
Realiza a dominação pelo prestígio e poder conferidos ao conhecimento científico e tecnológico.
A função principal da ideologia é ocultar e dissimular as divisões sociais e políticas, dar-lhes a aparência de indivisão e de diferenças naturais entre os seres humanos. Na indivisão, apesar da divisão social das classes, somos levados a crer que somos todos iguais porque participamos da idéia de “humanidade”, ou da idéia de “nação’ e “pátria”, ou da idéia de “raça”. Nas diferenças naturais, somos levados a crer que as desigualdades sociais, econômicas e políticas não são produzidas pela divisão social das classes, mas por diferenças individuais dos talentos e das capacidades, da inteligência, da força de vontade maior ou menor, etc.
Essa ideologia opera com a figura do "especialista" que nos ensina tudo, desde a fazer sexo, jardinagem, culinária, educação das crianças, como amar Jesus e ganhar o céu.

Ideologia da Competência

IDEOLOGIA DA COMPETÊNCIA

MAYKEL RODRIGUES AVES DA SILVA

A ideologia é uma ciência das ideias, conjuntos de crenças, tradições, princípios e mitos sustentados por um individuo ou grupo social, a ideologia sempre existiu,na ideologia burguesa foram criadas varias formas de tornar a sociedade submissa, calada que foram podadas pelos pais, escola, patrão e pelo governo.
No seculo XX foi uma mudança no processo de trabalho social, foi adotado um padrão de organização denominado fordismo O fordismo era auma divisão do trabalho onde cada indivíduo montava uma parte do produto, com isso produzia e lucrava mais. Com a divisão do trabalho a também uma perda de identidade e de prática, como exemplo, antes em Ibitinga o bordado era produzido a mão ou em uma máquina de borda de forma artesanal, mas hoje com a industrialização os bordados são produzidos em uma máquina industrial mais eficiente e eficaz, visando o lucro, No capitalismo não importa de onde vem o produto e nem quem produziu e sim onde vai mais vender.
Para uma empresa ser eficiente ela tem que oferecer formas para que o empregado cresça dentro dela, ou seja, ganhar mais STATUS, subir de classe social. Quanto mais alto está mais se tem poder de comanda assim como os gerentes, e quanto menos se sabe menos comanda como o operador que só executa o serviço. A administração é cega ela só vê o lucro, e o racional não é o homem e sim as organizações onde as pessoas acabam como complementos e servem como instrumento de produção.
A ideologia da competência é uma nova divisão de classes entre os competentes, pessoas que obtem um bom conhecimento como os gerentes e especialistas, e os incompetentes que ficam com os executores das tarefas comandadas pelos especialistas, toda essa divisão é controlada pelas organizações.
As organizações manipulam a sociedade para que ela se torne cada vez mais cega, vivendo uma vida totalmente alienada pelo capitalismo, onde ele mostra um modelo de vida que a sociedade deve seguir, querendo sempre ter mais, subir mais no emprego, ganhar mais no salário, comprar mais para aparecer mais diante dos outros, com isso criando uma guerra invisível, deixando de lado o ser para ter. O indivíduo não escuta, não pensa, não fala, apenas seque aquilo que o mercado e as organizações querem, acabando com a filosofia.
A competência privada ensina cada um de nós como indivíduos a nos comportarmos em diversas situações através de especialistas de televisão, de rádio, de revistas e livros de auto-ajuda a nos tornar o que eles querem e não o que nós queremos, e quem não seguir esse tipo de pensamentos é tido como louco ou esquisito.
As organizações criam ideologias que forçam as pessoas a tomarem atitudes e pensamentos contrarios com o que elas querem ou acham, e acabam muitas vezes insatisfeitas, isoladas e são também isoladas, como o desempregado que é tido para a sociedade como um vagabundo, preguiçoso, etc.
A ideologia não tem história porque produz vidas imaginárias e situações planejadas, algo pronto para a sociedade acreditar naquilo que não é verdade.
A televisão tem uma forma que unifica as pessoas, onde a sociedade está ligada, mas cada um no seu lugar, sendo alienadas como robos recebendo a programação, assistindo ao grande espetáculo da televisão, se distraindo, retirando sua atenção da realidade do que realmente importa " a realidade surge no espetáculo e o espetáculo é real " ou seja, o que existe de verdadeiro seria ou estaria na televisão, esquecendo da própria vida e reproduzindo em nossa mente uma padrão de vida das histórias imaginárias contidas em novelas e seriados.
O turismo de massa destrói as culturas, é uma ideologia dos alienados que visitam lugares sem interesse cultural, mas com objetivos de conhecer o que todos conhecem, justamente aquilo que a mídia divulga como modelo, tornando o lugar cítrico.
Mas há um novo tipo de turismo que surge para resgatar a cultura, um turismo partindo da comunidade, trazendo a tona o que as pessoas daquele lugar estão vivendo, dando sua opinião, se querem o turismo, o que preferem e pretendem, os segredos, as soluções para um turismo de verdade, e não o que as organizações querem como turismo, preferindo algo lucrativo interferindo na comunidade e no meio ambiente só para conseguir o que querem.
A única maneira de acabar com essas ideologias é com as práticas políticas, através da voz, da opinião e da filosofia, conversar e escutar, criticando a ideologia e preenchendo o vazio de nossas mentes com conhecimentos e não com encenações imaginárias ou histórias moldadas pela ideologia capitalista.

As Filosofias políticas

Jonathan Rafael Simone

Estado de natureza, contrato social, estado civil

O conceito de estado de natureza tem a função de explicar a situação dos indivíduos antes da sociedade, duas são as principais concepções a de Hobbes e a de Rousseau.

Segundo Hobbes os indivíduos vivem isolados em permanente luta, todos contra todos, para se proteger, os humanos inventam as armas e cercaram as terras que ocupavam mais isso não funciona, pois sempre haverá alguém mais forte que vencerá, ou seja, a única lei é à força do mais forte.

Rousseau diz que os indivíduos vivem isolados nas florestas sobrevivendo dos recursos naturais, mas isso termina quando alguém começa a cercar e demarcar terras e diz “é minha”, a propriedade da origem ao Estado de Natureza.

Para acabar com conflitos, os humanos decidem passar à sociedade civil, isto é ao Estado Civil, criando as leis, tudo isso se da através de um contrato social, pelo qual os indivíduos renunciam a liberdade e a posse natural dos bens em transferem a um soberano que usa o poder para criar as leis fundando a soberania.

A teoria de direito natural e do contrato dão origem ao pensamento político deixando de lado a idéia de comunidade e passando para sociedade que pressupõe a existência de indivíduos independentes, dotados de direitos naturais e individuais.

A teoria liberal

O capitalismo estava em vias de consolidação e o poderio econômico da burguesia fosse inconteste, o regime político ainda era a monarquia e a nobreza ainda tinha seu prestigio,para derrubá-los a burguesia precisava de uma teoria e essa foi formulada pelo inglês Locke no final do século XVII. Locke parte da definição de direito natural como direito a vida e a liberdade e aos bens necessários para conservação de ambas, e que Deus um obreiro, arquiteto e engenheiro que fez uma obra: o mundo e este a ele pertencem. Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, deu-lhe o mundo pra que nele reinasse e, ao expulsá-lo do Paraíso, não lhe retirou o domínio do mundo, mas lhe disse que teria com o suor de seu rosto, ou seja deus criou a propriedade privada como fruto do trabalho.

Dessa maneira a burguesia se sente legitimada perante a realeza e a nobreza e surge como superior a ela já que o burguês é proprietário pelo fato de trabalhar e a burguesia é parasita da sociedade.

Liberalismo e o fim do Antigo Regime

Em 1789, na França, acontece a Revolução Francesa, que colocou fim no Antigo Regime.

Antigo, porque politicamente teocratas e absolutistas, em segundo porque socialmente fundado na idéia de hierarquia divina, natural e social e na organização feudal. O Antigo Regime se confirma quando é derrubada a imagem rei como o centro e o maior divino. A propriedade é ou individual e privada, ou é estatal e publica. O poder tem forma de Estado republicano impessoal.

O Estado é o poder público e nele os interesses dos proprietários devem estar representados por meio de parlamentos.

O Estado através da li e da força, tem o poder para dominar. Seu papel é de garantir a ordem publica.

A cidadania liberal

O Estado liberal é apresentado como Republica representativa, constituída por três poderes, o Poder Executivo (administra os negócios e o serviços públicos), o Poder Legislativo (institui as leis) e o Poder Judiciário (responsáveis por aplicar e fazer com que as leis sejam cumpridas).

O Estado liberal não aceitava que um não proprietário ocupasse um cargo de representante em um dos três poderes.

Eram excluídos do poder político todos os trabalhadores e as mulheres, isso conclui que era a maioria da sociedade.

A idéia de contrato social, não previa o direito à cidadania a todos, mas sim a uma classe social mais elevada, a dos proprietários privados ou burguesia.


Ideologia da Competência

A IDEOLOGIA DA COMPETÊNCIA

No texto sobre Ideologia da Competência da autora Marilena Chauí, pude perceber sobre como era tratado esta ideologia no passado embora não muito distante e nos dias de hoje nesta contemporaneidade.
Vi que nos tempos atrás se compreende que aqueles ideais onde até mesmo o sexo teria que ser controlado em nome de uma rentabilidade, isso era uma forma da ideologia manter a idéia ideal a respeito de família. Já nos dias atuais a mesma ideologia deu lugar ao desenvolvimento de tecnologia entre outras.
A ideologia se divide em três:
Sendo a BURGUESIA ela macula os verdadeiros valores morais submetendo as mulheres aos caprichos de uma sociedade ideológica.
Já a PROLETÁRIA diz respeito ao capitalismo e o desenvolvimento tecnológico tornando parte da sociedade submissa a uma escravidão oculta.
Com a PEQUENA BURGUESIA estas não tinham poder algum de reação à defesa dos seus direitos, pois até o número de natalidade desta classe era em prol de interesses , sendo muitos destes interesses para a mão de obra humana.
Em resumo valores morais tais como aborto, homossexualidade, adultério e virgindade deixaram de ser tabus diante de uma sociedade contemporânea.
E toda a ideologia esta interligada com o Turismo.
Suzanik Marcela de Menezes

A Ideologia da Competência

CHAUÍ, Marilena, O que é Ideologia


A IDEOLOGIA DA COMPETÊNCIA

Segundo Marilena Chauí, a Ideologia atual sofreu várias mudanças, antigamente existia uma Ideologia burguesa, onde os detentores legítimos do poder eram: o pai, o patrão, o professor, o cientista e o governante. No entanto após 1930, surge o fordismo, que controla a produção da matéria prima junto nascem idéias de competição capitalista formando-se as Organizações. Assim, surge o poder de mando e comando, uma produção racional, que consiste em afirmar que não é necessário discutir os fins de uma ação ou de uma prática, e sim estabelecer os meios eficazes para a obtenção de um objetivo.
Nestas Organizações institui-se a linha de montagem, onde se separa os que tem competência para dirigir e os incompetentes que trabalham na linha de montagem. Esta situação altera as relações sociais para, segundo Lefort uma Ideologia invisível na qual o poder está na mão do mercado, ele é quem gera as leis e regras, formando especialistas para desenvolverem tecnologias, esta que ajuda a aumentar a divisão social.
A Ideologia da competência torna um instrumento da dominação, a competência exige que as pessoas sejam analisadas no que elas podem produzir “valor extrínseco”, e não em sua capacidade intelectual, “valor intrínseco”.
Esta nova Ideologia sobrepõe às culturas de toda e qualquer tribo, todas as nações e todos os povos. Desta forma, é colocado a todos os seres humanos o consumo, porque existem especialistas (Exemplo: competentes na arte de marketing) para induzi-los a achar que o supérfluo não o é, mas sim algo extremamente necessário.
Esta ideologia subjuga o ser humano, retirando dele todas as suas qualidades e mostrando apenas seus defeitos, então assim surgem também os competentes em áreas psicológicas, nutricionais, os consultores da boa etiqueta, moda, entre outros.
Tudo isto faz que entendamos que a Ideologia não tem história, mas fabrica histórias, são espetáculos que surgem em espaço e tempo diferentes um do outro. E que esses espetáculos são sempre interpretados e narrados pelos vencedores, ou seja, pelos poderosos. Por essa razão não temos registros de como a classe social mais baixa interpretava os espetáculos, e como interagiam com eles.
Esta Ideologia somente será deposta quando os explorados se rebelarem contra os dominantes, isto é, começarem a pensar criticamente sobre o que fazem, e como fazem.

Em suma observa-se hoje, que existem espaços entre as pessoas e os especialistas, o Estado e a imposição dele, porém ambos são os mesmos. Isto também é conhecida como uma Ideologia da Alienação.

Por Clebson Marcelo Cordeiro

IDEOLOGIA DA COMPETÊNCIA

Izilda Argenton


A ideologia serviu durante toda a historia de instrumento de dominação, ou seja, realidade social mascarada e a verdade ocultada dos dominados.

A ideologia da competência prioriza o conhecimento científico onde só tem poder quem possui o saber.

No decorrer da história podemos perceber que os diversos tipos de ideologias se transformaram. As idéias que eram transmitidas pelos agentes sociais na época da burguesia, com o surgimento das organizações, passam a ser transmitidas pelos gerentes e administradores e os indivíduos continuam sendo dirigidos e manipulados.

Levando-se em conta a afirmação de Marx e Engels de que a ideologia não tem história, constatamos que para os burgueses a dominação da natureza e do homem nada tem a ver com ideologia, tratando-se apenas de progresso. Se a ideologia não tem história, pode-se dizer que ela é construída levando-se em conta apenas os feitos daqueles considerados grandes e poderosos (dominadores), menosprezando-se e tirando a individualidade e o direito à memória daqueles que não fazem parte dessa classe; os dominados.

Podemos considerar que a ideologia do turismo se reflete naquilo que a mídia idealiza para o turista. A tecnologia possibilita uma visualização global do planeta e desperta interesses dos mais variados no ser humano. As operadoras de turismo fornecem pacotes turísticos onde as idéias de roteiro são pré-estabelecidas. O turista vê aquilo que lhe é mostrado e sua exploração no espaço turístico fica limitada. Enfim, esse turismo de massa visita lugares que ficaram famosos através da opinião pública, onde o fluxo turístico é constante e o percurso sempre o mesmo.

Apesar de muito tempo haver se passado desde os tempos da burguesia até os dias de hoje, vemos que os indivíduos continuam pensando, sentindo e valorizando a ideologia da classe dominante.

Ideologia da competência

Ideologia ciência das ideias , conjunto de idéias, crenças, tradições, princípios e mitos sustentados por um individuo ou grupo social de uma época,de uma sociedade.
a ideologia burguesa era um pensamento e um discurso de caráter legislador, ético e pedagógico, que definia na sociedade o verdadeiro do falso, o bom e o mau o certo do errado, servia para por ordem no mundo afirmando o valor de instituições como família, pátria, a empresa, a escola, o estado e definia certas autoridades como a figura do pai, patrão , professor , cientista e o governante .
Nos anos 30 no século XX com o surgimento do Fordismo ocorre uma mudança no processo social do trabalho onde a indústria começa a controlar desde a produção da máteria prima, até a distribuição comercial dos produtos, tirando essa responsabilidade que era do trabalhador.E com o fordismo é introduzido uma nova relação social, conhecida como Organização, que possui como características:
1)Afirmar que organizar é administrar e administrar é introduzir racionalidade nas relaões sociais , estabelecer meios eficazes para obtenção de um objetivo;
2)Organização é racional se for eficiente e se estabelecer rígida hierarquia de cargos e funções onde subir de cargo significa melhorar de posição social.
3)Organização é uma admistração cientifíca racional, possui lógica própria e funciona por si mesma.
O trabalho passa a ser dividido entre os que têm competência para dirigir e os inconpetentes, que só sabem executar, e esse modelo de organização se difundem por todas as relações sociais, a Ideologia passa a ser invisível, ou seja, deixa de ser emitida por determinados agentes sociais e passam a emanar diretamente do funcionamento da organização e das "leis de mercado", surgi novas divisões sociais, a divisão entre os que possuem poder porque possuem saber e os que não possuem poder porque não possuem saber.
A ideologia invisível passa a ser chamada de ideologia de competência, que serve para ocultar a divisão social das classes, o discurso competente é proferido pelo especialista que ocupa uma posição determinada na sociedade e ensinam as pessoas a viver usando de um determinado discurso para cada assunto que exige que interiorizemos suas regras e valores, se não quisermos ser considerados lixo e detrito, ou seja, ditam a regra de como vivermos nossas próprias vidas.

jonathan ivair pekin

Ideologia da competência

Ideologia ciência das idéias é um conjunto de idéias, crença, tradições, princípios e mitos sustentados por um indivíduo ou grupo social de uma época, de uma sociedade.
A ideologia burguesa era um pensamento e um discurso de caráter legislador, ético e pedagógico, que definia na sociedade o verdadeiro do falso, o bom e o mau o certo do errado, servia para por ordem no mundo afirmando o valor de instituições como família, a pátria, a empresa, a escola, o estado e definia certas autoridades como a figura do pai, o patrão, o professor, o cientista, o governante.
Nos anos 30 no século XX com o Fordismo ocorre uma mudança no processo social de trabalho onde a indústria começa a controlar desde a produção da matéria prima , até a distribuição comercial dos produtos. E com o fordismo é introduzido uma nova relação social, conhecida como Organização, que possui como características:
1) Afirmar que organizar é administrar e administrar é introduzir racionalidade nas relações sociais, estabelecer meios eficazes para a obtenção de um objetivo;
2) Organização é racional se for eficiente e se estabelecer rígida hierarquia de cargos e funções onde subir de cargo significa melhorar de posição social.
3) Organização é uma administração cientifica racional, possui lógica própria e funciona por si mesma.
O trabalho passa a ser dividido entre os que têm competência para dirigir e os incompetentes, que só sabem executar, e esse modelo de organização se difundem por todas as relações sociais, a Ideologia passa a ser invisível, ou seja, deixa de ser emitida por determinados agentes sociais e passam a emanar diretamente do funcionamento da organização e das ‘leis de mercado”, surgi novas divisões sociais, a divisão entre os que possuem poder porque possuem saber e os que não possuem poder porque não possuem saber.
A ideologia invisível passa a ser chamada de ideologia de competência, que serve para ocultar a divisão social das classes, o discurso competente é proferido pelo especialista que ocupa uma posição determinada na sociedade e ensinam as pessoas a viver usando de um determinado discurso para cada assunto que exige que interiorizemos suas regras e valores, se não quisermos ser considerados lixo e detrito, ou seja, ditam a regra de como vivermos nossas próprias vidas.


Jonathan Ivair Pekin

A ideologia da competência

A ideologia produz algo na sociedade moderna, ela faz com que a sociedade acredite, pense ou opine sobre algo.
Já a ideologia burguesa queria criar um pensamento do que era certo e errado, e de quem tinha poder e dos que não tinham.
A partir, sobretudo, dos anos 30 do século XX, o processo social do trabalho teve uma mudança, onde o trabalho passou a ser organizado, através de um padrão chamado Fordismo, seria a divisão do trabalho.
A divisão social do trabalho é feita pela separação dos competentes (que vão dirigir a empresa) e os incompetentes (que vão trabalhar para os competentes).
A ideologia da competência em vez de ideologia invisível, diz que a divisão social das classes se realiza entre os competentes (possuem conhecimento) e os incompetentes (não possuem conhecimento e nem poder e que executam as tarefas comandadas pelos competentes).
Nas organizações já ocorre que os indivíduos são incompetentes e as organizações competentes.
O discurso competente privatiza os indivíduos, desfazendo o que foi feito anteriormente, assim trazendo a competência privatizada. Essa competência privatizada ensina como os indivíduos devem se relacionar com as outras pessoas e com o mundo. Esse ensino é feito pelos especialistas, as pessoas dotadas de conhecimentos, que nos ensinam a como viver. Nessa competência, aparece o ser humano feliz, sempre jovem, saudável. Mas por detrás desse ser humano, existe a publicidade que vai manipular a cabeça das pessoas, com cosméticos que trazem a juventude, para ser saudável é preciso fazer academia, para ser feliz é preciso comprar os produtos que “garantem” felicidade. Com isso só aumenta o consumo exagerado, é claro o capitalismo.
Na ideologia burguesa diz que o trabalho dignifica o homem, torna ele digno, já as competências dizem que só quem é competente no trabalho tem sua felicidade e realização garantida.
Na busca pelo diploma universitário a ideologia das competências também atua, pois hoje em dia as pessoas só prestam uma faculdade por causa do diploma, pois as organizações exigem diplomas nos seus currículos, e não se importam com o conhecimento que podem alcançar nas faculdades, elas menos se importam se estão aprendendo ou não, pois o importante é o diploma.
A ideologia não tem histórias, mas ela fabrica historias imaginarias, ela torna legitimo que quem domina é a classe dominante, seria aquela historia ideológica que é aquela historia que aprendemos nos livros do grandes homens, dos grandes heróis. Mas a ideologia nunca diz realmente o que eles fizeram para se tornarem grandes.
Assim ela esconde os oprimidos, escravos, índios, camponeses, operários, negros que realmente seriam eles os grandes homens da história.
Mas demolir essa ideologia manipuladora, só com uma prática política que viram dos incompetentes, os dominados que a ideologia faz questão em chamar as pessoas que ela diz que não são dotados de conhecimentos, assim esses oprimidos diriam tudo que pensam e sabem e que nunca ninguém (a ideologia) os deixou dizer.


Conexão com a realidade do turismo: A inovação, pois as coisas estão sempre mudando, devemos estar atentos com o que há de novo.


Gislaine Thais Oliveira de Paula
Ideologia da competência

Com o Fordismo não somente as relações sociais do trabalho foram modificadas mas também as relações entre os indivíduos no meio social; ao limitar os movimentos das pessoas no trabalho, limita-se a forma de relacionar-se, de pensar e de agir.
Na ideologia invisível – burguesa, as idéias eram passadas para a sociedade por agentes sociais, como pais, padre, professor, sábio. Com a ideologia da competência houve uma divisão social entre os que possuem poder por possuírem saber e os que não possuem poder por não possuírem saber, então dividiam-se a sociedade entre os competentes da hierarquia organizacional, e quem não possui conhecimento apenas segue as ordens.
Esse sistema se alimenta das pessoas, da sociedade os trabalhadores, alienados, perdem sua identidade, já que apenas cumprem ordens, não conseguem se identificar com o trabalho que desempenham, não tendo referencial. A indústria do turismo aproveitando-se desta alienação da sociedade, projeta imagens de paraíso e ideais de liberdade alcançada com a viagem perfeita e o consumo excessivo.
O indivíduo é adaptado e inserido no pensamento linear (linha de montagem) – especialização leva o cidadão a crer que necessita receber ordens para poder executar algo, não vive por si, não produz as próprias idéias, não é capaz de pensar.
Não importa o que o indivíduo é no social, o que realmente importa é o seu trabalho, ele vive o trabalho, a produção e as ordens a serem seguidas. A lei é feita pelo mercado- consumo, que dita até mesmo o que deve ser usado, comido, o Estado regulamenta as leis e o ser humano não pensa, só favorece o mercado, sendo assim quanto mais alienado, maior a necessidade de consumo.

Lizandra Karina Morini

A Ideologia da Competência

Adriana

Em meados do século XX a maneira de se pensar ideologia sofreu alterações, a ideologia burguesa definida com caráter legislador, não era a sociedade que pensava por si próprio, mas existia um conjunto de normas e regras que decidia o que era certo ou errado o que se poderia e o que não de poderia ser feito. Mas esse padrão de filosofia começou a sofrer modificações, com a revolução industrial houve uma mudança no processo de trabalho onde cada individuo não age por si mesmo, não tem espaço para desenvolver sua criatividade, mas age de forma mecanizada repetindo o mesmo processo de produção a todo o tempo, dividido em dois setores os que mandam –que obtêm o conhecimento e as técnicas, e os que obedecem- executam o trabalho, o que dita as regras hoje não são mais os agente sociais e sim as leis de mercado, com o desenvolvimento das tecnologias cada vez mais avançadas e precisas vista com clareza na informatização do trabalho industrial e nas demais atividade econômicas e sociais. Se reunirmos a organização e a gerencia cientifica percebemos uma grande divisão social, as que possuem poder (saber), e as que não possuem o poder (não possuem o saber), denominados ideologia da competência entre os especialistas que possuem o conhecimento científico (competentes), e os que executam as tarefas comandadas pelos especialistas (incompetentes). Esse discurso opera em duas classes contraditórias de um lado afirma o racional, indivíduo agente social, político e histórico dentro da sociedade é destituído da condição de sujeitos sociais políticos e histórico, de outro lado o discurso competente desfaz a idéia anterior tomando os indivíduos como ser privativo. E como ser privativo o indivíduo não age pela sua própria vontade, mas condicionado pelo ensinamento que o discurso da competência privativa impõe como correto e verdadeiro seja no modo de pensar ou agir e exclui quem se opõe a ela. Por fim se unirmos os dois discursos o competente das organizações e dos especialistas veremos que ao dois são indissociáveis no capitalismo na racionalidade das leis de mercado e na disputa do poder. E na sua versão perversa o discurso competente afirma que para ser feliz é preciso subir na hierarquia do trabalho e ter poder, inutilizando o desempregado que por falta de opção se encontra nessa situação, e que a tecnologia atual do capitalismo só tem aumentado o desemprego substituindo o homem por maquinas. Portanto as representações de idéias de valores e conduta impostos a sociedade nada mais é uma maneira de explicar à sociedade as diferenças sociais sem nunca atribuir essas diferenças a produção capitalista e sim mostram ao indivíduo o seu lugar na sociedade, através da explicação da teoria real das filosofias e das religiões e no corpo teórico de conjuntos e regras, que possui uma coerência racional deixando lacunas em branco, vazios, isso porque não sabe e não pode explicar tudo se explicasse não seria ideologia e em contra censo mostra que a ideologia e um instrumento de dominação que reprime não fisicamente e sim psicologicamente.
Já a ideologia familiar encontra- se dividido em três grupos: burguesa, proletária e a pequeno-burguesa.
Burguesa: A família é como um contrato econômico de patrimônio e herança, passado hereditariamente e tudo se deve fazer para conservar.
Proletária: tem a função de procriar filhos para a força de trabalho – razões ideológicas.
Pequeno-burguesa: tem a função de reproduzir ideais e valores da burguesia para a sociedade e conservar a autoridade paterna como ideal familiar.
Se a ideologia mostrasse todos os aspectos que liga a família ao capitalismo não teria argumentos para manter o ideal familiar. A ideologia não tem historia, mas nem sempre é a mesma, age conforme as mudanças de mercado. Compreendemos também como a ideologia é capaz de ultrapassar o tempo em duas direções no passado explicando os acontecimentos de seu próprio tempo e no futuro com visões imprevisíveis. Ideologia fabrica históricas imaginárias como a nacionalista, estatista e a racionalista, portanto, a afirmação da ideologia como algo que não tem historia. E por fim a ideologia dominante que em seu contexto relata nos textos históricos que só existe um lado os vencedores (poderosos), os pequenos não tem historia são apenas peças coadjuvantes, os feitos são méritos apenas dos grandes dos dominantes.

A Ideologia da Competência

Francis Cristiane Maria

Afinal de contas, o que vem a ser ideologia?
Segundo a autora Marilena Chauí: A Ideologia é um conjunto lógico, sistemático e coerente de representações (idéias e valores) e de normas ou regras(de conduta) que indicam e prescrevem aos membros da sociedade o que devem pensar e como devem pensar, o que devem valorizar e como devem valorizar, o que devem sentir e como devem sentir, o que devem fazer e como devem fazer.
É este massacramento da realidade social que permite a legitimação da exploração e da dominação e é através disso que tomamos o falso pelo verdadeiro, o injusto por justo e assim por diante.
A Ideologia, como algo tão amplo, não é nada especifico. A definição de Marx e Engels de que a Ideologia não tem historia, é de grande importância para que compreendamos isso pois, como acreditar em algo que nos é imposto, essa falsa consciência que ele fala e que está presente na política, religião, nas culturas e em tudo, onde cada uma de suas idéias e doutrinas são impostas e as pessoas, acreditam como verdade absoluta, mas, que sempre estão evoluindo, se adaptando e modificando conforme o mundo se desenvolve e os interesses das classes dominantes também mudam.
Diante de tantos questionamentos e exemplos sobre a Ideologia como algo ruim, a autora nos mostra que a solução para que isso mude é uma pratica política nascida dos explorados e dominados. E que para isso acontecer, é necessário uma critica da ideologia, que consiste em preencher as lacunas e silêncios do pensamento e discurso ideológicos, obrigando-os a dizer tudo que não está dito.
Dessa forma, poderia-se dizer que a definição de Ideologia, é formada por cada um de nós e que sim, apesar de ser uma mascara da realidade, sendo usada para transformar a idéia de uma pequena classe em busca do que se quer, é preciso um senso critico para analisar e decidir o que se julga real e se aplica no meio em que se vive.

A Ideologia da Competência

Ticiane Patrícia Moreira

Ideologia é um termo que possui diferentes significados e duas concepções: a neutra e a crítica. No senso comum o termo ideologia é sinônimo ao termo ideário (em português), contendo o sentido neutro de conjunto de ideias, de pensamentos, de doutrinas ou de visões de mundo de um indivíduo ou de um grupo, orientado para suas ações sociais e, principalmente, políticas. Para autores que utilizam o termo sob uma concepção crítica, ideologia pode ser considerado um instrumento de dominação que age por meio de convencimento (persuasão ou dissuasão, mas não por meio da força física) de forma prescritiva, alienando a consciência humana.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ideologia



No contexto ligado ao turismo, a ideologia muitas vezes se remete ao turismo de massa. Hoje esse tipo de turismo é importante para manter muitos locais na mídia, mas será que realmente é a melhor forma??
As idéias pré-concebidas de que certos lugares são os melhores, ou de que se todos foram para lá também quero ir, muitas vezes não satisfaz totalmente quem deseja conhecer um lugar, passar férias e descansar com a família, mas sim representa um modismo. Esses lugares muitas vezes sofrem alteraçãos em sua condição natural e física para estar atendendo a todos, para ser mais confortável ou mesmo para "receber mais pessoas", pois pensam: "não podemos perder essas oportunidade", já que o serviço turismo não é algo que se possa estocar ou simplesmente deixar para depois.
Com tantas alterações, os locais afetados perdem a sua real identidade e acabam passando não a sua verdadeira imagem, mas sim aquelas que querem que ela tenha. Idéias para enfrentar essas mudanças, seriam combater aos "ideologistas", claro que isso é muito complicado, pois muitas pessoas acham mais comodo pensar e ter as vontades dos outros, e acabam se acomodando às situações. Mudar aos poucos, incentivar as pessoas a pensarem e a terem suas próprias vontades, instigá-las a seguir seus instintos e como muita paciência e calma um dia toda essa imposição sobre os "melhores lugares", sobre "todos querem e eu também vou querer" poderá acabar e as pessoas e lugares serão mais conservados e cuidados.

A IDEOLOGIA DA COMPETÊNCIA

Carolina Sumiko Tanaka.

A ideologia começa a surgir com a divisão do trabalho social, que traça distinção entre o trabalho manual e o trabalho intelectual. A produção de idéias, de representações, da consciência, esta, de início, diretamente entrelaçada com a atividade material e com o intercâmbio material dos homens, como a linguagem da vida real, em outra formulação, não é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a consciência. Uma das manifestações ideológicas mais relevantes se dá com relação aos interesses. Os indivíduos têm como interesses mais imediatos e mais relevantes os particulares ou referentes a si próprios. Hoje em dia, a ideologia na organização é que para ser eficiente, é necessário que o indivíduo suba de cargo e tenha mais poder para ter o poder de mando. Na gerencia cientifica, a divisão do trabalho entre os que possuem poder por possuírem o saber e os que não possuem poder por não possuírem o saber.
A ideologia é tudo aquilo que nos é imposto pela sociedade por imaginação, por pensamentos, a ideologia da submissão. É necessário que auto avaliemos, para assim termos o nosso próprio ideal de vida, fazendo a mudança e não ficarmos ditados no que fazer ou não fazer.
Um exemplo pertinente:
Imagine uma diretoria anunciando que “se continuar a greve, as pessoas irão morrer nas ruas por falta de ambulâncias”. Isso pode ser verdadeiro, ao contrário do que afirmar que eles irão morrer de tédio por falta de jornais; mas um operário grevista poderia, não obstante, considerar o porta¬ voz uma pessoa desonesta, já que o valor da observação é, provavelmente, “voltem ao trabalho”, e não há razão para supor que isso, dadas as circunstâncias, seja a coisa mais sensata a se fazer.

Izilda Argenton, Carolina Sumiko Tanaka e Leandro da Costa Moreira

Izilda:
A Idéia da Revolução
A Política Liberal foi o resultado de acontecimentos econômicos e sociais que impuseram mudanças no poder do Estado.
Esses acontecimentos chamaram-se revoluções burguesas contra a monarquia absoluta. A Revolução é uma astronomia – volta cíclica de um astro até o ponto de partida, porque revolução significa o contra rio ou seja o percurso ao tempo novo e a sociedade nova.
Foram 3 revoluções: Inglesa, norte-americana e francesa, com resultado de consolidação da burguesia como classe dominante. Nas 3 burguesias derrotou a nobreza e a realeza. Os populares continuaram com a revolução, pois pretendiam uma vida justa, livre e feliz, o qual foi chamado por um historiador de “revolução na revolução”. Para explicar o mundo em que viviam, só dispunham da bíblia, ao lutarem politicamente olhavam para o passado, paraíso e para o futuro, com a chegada dos homens em nova Jerusalém, onde estaria o tempo futuro e novo que seria a restituição do Paraíso, ponto de partida e chegada do movimento político onde o futuro e o passado se encontravam.
As teorias liberais separam o estado da sociedade civil. O Estado aplica as leis, garante a ordem através do uso legal da violência para punir crimes definido pelas leis.
A sociedade civil são conjuntos de relações sociais diversificados entre grupos e classes sociais e seus interesses podem ser os mesmos ou não, nela existem relações econômicas de produção, distribuição, acumulação de riquezas e consumo de produtos que circulam através do mercado.
O centro da sociedade civil é a propriedade privada que diferencia os indivíduos, grupos e classes sociais e o centro do Estado é a garantia dessa propriedade, sem misturar a política com a sociedade. O coração do liberalismo é a distancia entre o Estado e a sociedade. O reconhecimento das injustiças sociais leva as ações políticas.
Revolução, luta social que o poder leva a uma luta política contra o poder ou luta política que leva a uma luta para uma sociedade melhor. Eis porque as revoluções burguesas acontecem no mesmo processo, instigam o povo, conseguem o que querem, os populares prosseguem, ai desarmam o que armaram , torturam e matam os chefes populares e garante separação entre o Estado e a sociedade.
O significado político das revoluções quer revolução burguesa ou popular, três são muito importantes, pois desvendam a estrutura do Estado e da sociedade, elas evidenciam a divisão social e política sob a forma de uma popularização entre o alto opressor e um baixo oprimido.
A percepção do alto pelo baixo da sociedade de um poder que não é natural, nem necessário e que pode ser derrubado e reconstruído de outra maneira.
O entendimento de que os agentes sociais são sujeitos políticos e por isso são dotados de direitos e essa consciência faz com que exijam reconhecimento e garantia de seus direitos pela sociedade e pelo poder político, mais o da revolução culmina com uma declaração universal dos direitos dos cidadãos.
A declaração, os direitos repões a relação entre poder político e justiça social, cabe ao novo poder político criar instituições que satisfaçam e garantam a luta revolucionária por direitos.
As revoluções sociais:
- burguesia: tomada do poder e a instituição do Estado como republica e órgão da sociedade civil;
- revolução política: revolução política e social, visa a criação de direitos e a instituição do poder democrático que garanta uma sociedade justa e feliz;
- revoluções modernas: face popular sufocada pela fase liberal. Embora sejam obrigados a garantir alguns direitos para o povo, evitou as explosões continuas com os populares
- face popular: vencida não desaparece e reaparece periodicamente em lutas isoladas por melhores condições de vida, trabalho, salários e participação política.
A medida que se desenvolve o Capitalismo no decorrer do século XIX existem outras manifestações (derrotadas), uma vez que a classe popular se tornou uma classe social de perfil muito definido com o proletariado ou trabalhadores industriais.
Nas teorias socialistas e proletariado é sujeito político e histórico e procura figurar uma nova sociedade e uma nova política, onde a exploração dos trabalhadores, a dominação política, as exclusões sociais e culturais deixam de existir, julgam que o Estado só existe apenas para satisfazer as necessidades econômicas dos burgueses, por isso afirmaram na sociedade futura, quando não haverá divisão social de classes, nem desigualdades a política não dependera do Estado.
Essas teorias são anti-estatais, que acreditam na capacidade do auto-governo ou auto-gestão da sociedade, o proletário possui a força de trabalho.

Carol:
A Tradição Libertária:

As teorias socialistas modernas são herança da idade medieval, das lutas dos camponeses contra as tiranias governamentais (reis, papas, chefes de província) . As classes populares oprimidas da idade Média possuíam como referencial para compreender e julgar a política as imagens bíblicas do paraíso e do fim dos tempos, quando o bem venceria perpetuamente o mal, instaurando o reino dos mil anos de felicidade e justiça. Em geral, um governante tirano(papa, reis, imperadores) eram identificado como o Anti-Cristo, contra eles as classes populares reuniam em comunidade igualitárias, armavam-se e partiam para a luta (essa comunidades igualitarias eram formadas pela população de um modo geral que se armavam com ferramentas do trabalho do campo, ou seja, não possuíam armas, espadas e não tinham treinamento e nem formação militar ou de combate, sendo facilmente esmagados na luta). Quando do aparecimento de pestes, fome, guerras, eclipses, prodígios inexplicáveis que anunciavam a vinda do Anti-Cristo, segundo a tradição bíblica, era necessário o combate pelos bons e justos, este fato faziam com que a sociedades se unissem para uma revolução combatendo o Anti-Cristo, pois deveriam preparar a chegada triunfal de Cristo que venceria definitivamente este.
Nesta época surge uma obra de um jovem filósofo françês chamado La Boétie, na qual se levantava a seguinte questão:
1-"Como era possível que nações inteiras, cidades inteiras se submetessem à vontade de um só"? De onde vinha tanto poder para esmagar as pessoas?
2-De onde vêm esse desejo? Vêm do desprezo pela liberdade, se a desejássemos realmente não a trocaríamos por bens e posses. Ao fazer esta troca estaríamos aceitando infelizemente a servidão voluntária.
“A tirania não é ato de força ou violência de um homem ou de um bando de homens, mas nasce do desejo de servir e é o povo que gera seu próprio infortúnio, cúmplice dos tiranos” (Marilena Chauí)
Escrita como um mero panfleto militante, aos 16 ou 18 anos pelo Pensador francês Etienne de La Boétie, enquanto estudante de Direito, esmiúça os porquês que levam a multidão a se permitir escravizar, cega e voluntariamente, a se dispor a servir.
Para La Boétie é o povo que se sujeita e se degola; que, podendo escolher entre ser súdito ou ser livre, rejeita a liberdade e aceita o jugo, consente tal mal e até o persegue. Como ocorre esse processo é sobre o que o autor se debruça. Etienne esclarece que o tirano obtém seu poder com a conivência do próprio povo subjugado e que a este bastaria decidir não mais servir, recusar-se a sustentá-lo para que se tornasse livre.
Todos os governos, mesmo os mais despóticos(aquele que abusa de sua autoridade) e tirânicos, governaram em alguma extensão com o consentimento da maioria, ou seja, o governo usa o senso comum das pessoas; e por fim, a tendência natural de todo mundo é de se conformar com as condições atuais e não ousar imaginar e/ou empreender algo diferente; o governo usa a capacidade das pessoas de se adaptarem a qualquer tipo de situação, incluindo a servidão voluntária
Mas então como derrubar um tirano e reconquistar a liberdade? Apenas não dando a ele nossa consciencia e nossa liberdade pelo desejo de mando, sendo assim ele cairía por terra ao ver sua ordem rejeitada.
Concluímos assim que das lutas populares e das tradições libertárias nascem as teorias socialistas modernas.
O socialismo
O socialismo moderno é, em primeiro lugar, por seu conteúdo, fruto do reflexo na inteligência, de um lado dos antagonismos de classe que imperam na moderna sociedade entre possuidores e despossuidos, capitalistas e operários assalariados, e, de outro lado, da anarquia que reina na produção. Por sua forma teórica, porém, o socialismo começa apresentando-se como uma continuação, mais desenvolvida e mais conseqüente, dos princípios proclamados pelos grandes pensadores franceses do século XVIII. Como toda nova teoria, o socialismo, embora tivesse suas raízes nos fatos materiais econômicos, teve de ligar-se, ao nascer, às Idéias existentes. É um sistema econômico no qual o Estado tem a posse dos meios de produção: capital, edificações e terra. O socialismo em sua teoria é justo e eficaz, já na sua pratica é difícil de funcionar. È um sistema econômico que visa igual distribuição de renda para todas as classes, não permitindo que existam milionários ou miseráveis na sociedade. Nesse sistema os trabalhadores centralizarão todos os meios de produção nas mãos do Estado. Para a classe mais rica, o socialismo sugere uma conspiração para arruinar suas riquezas.
Não restam dúvidas que com o socialismo teríamos um sistema econômico mais humano e com melhor distribuição de renda, mas seria muito difícil vivermos numa sociedade em que todos têm o mesmo nível socioeconômico, uma vez que sempre a classe mais rica dependerá da mão-de-obra da classe mais pobre. Os assalariados necessitam de manter-se empregados produzindo o “lucro” para a classe rica, somente com o lucro e crescimento da classe rica, cada vez mais os trabalhadores se manterão ativos na sociedade e crescerá o número de empregos. Em suma, vê-se que o grande problema não esta no sistema econômico mas na mentalidade da sociedade que visa o seu beneficio próprio, vindo contra as regras regidas pelo socialismo. Ou seja se o individuo tem um carro, futuramente almejará ter dois o que é natural nas pessoas, não importando se seu vizinho não tem nenhum veículo.
O ANARQUISMO
O anarquismo é antes de tudo uma idéia, uma doutrina, uma filosofia de vida, sem fronteiras, universal, que teve e tem entre os seus adeptos-defensores algumas das mais ilustradas e brilhantes figuras no campo da ciência, das artes, da literatura, da filosofia, da sociologia e firma-se principalmente nos princípios naturais e básicos da razão, da liberdade total e consciente, na Igualdade de direitos e de deveres, na Paz e no Amor fraterno, na solidariedade humana Universal. É humanista toda a sua filosofia de vida, sua doutrina, porque coloca o Homem como o Centro do Universo, como a célula mais importante de tudo que existe para desenvolver e preservar. O desenvolvimento e o bem estar, no seu mais amplo sentido, é o maior cavalo de batalha dos anarquistas que não aceitam fronteiras para o saber; não distinguem raças, cores, idades e partem da firme convicção de que se pode e deve conseguir o máximo de bem-estar, de conhecimentos para todos de forma a permitir ao indivíduo, ser ele mesmo, cidadão livre, em terra livre. Para ele, é fundamental o saber e a busca da cultura, em todos os campos, a fim de confrontar idéias, corrigi-las, numa evolução constante, no caminho da conquista dos meios de coexistência racionais, igualitários, em comunhão de bens sociais, onde não mais se levante a mão do forte para castigar o fraco; onde o jovem não ria do velho, do inválido; o branco do negro; o mais lúcido e hábil do menos capaz. Partem sempre do simples para o composto, da unidade para o grupo, da base para cima, no sentido de alcançar a felicidade total e coletiva para a Humanidade. Suas normas básicas são de mais liberdade, menos opressão; mais autodeterminação, menos mandatários; mais autogestão, menos chefes; mais cultura racionalista; menos ensino convencional; mais autoridade racional, menos autoridade irracional; mais realidade terra-à-terra, mais solidariedade humana, menos filantropia-esmola. O anarquismo é uma idéia e uma filosofia bem antiga. O anarquista russo Michail Bakunin foi, junto com Karl Marx, uma dos mais influentes personagens do movimento internacional de trabalhadores no século XIX. Ele defendia o conceito de uma sociedade sem classes e sem governo. Bakunin achava que o Estado socialista seria a continuação da opressão do operario e camponeses com um outro nome.

Leandro:

A perspectiva marxista

Segundo Marx, o Estado poderia ser chamado de Estado burguês, pois este estava a serviço da classe dominante, ou seja, a burguesia. O Estado criado pelo capitalismo, trouxe como conseqüências a exploração da classe popular, além de manter a lei de propriedade privada. Para conter as revoltas populares, conta com aparatos, como a política, os tribunais e as forças de repressão, como o exercito e as policias. Com isso, Marx afirma que o Estado é uma instituição a serviço da burguesia, cujo propósito é defender e proteger os interesses da classe dominante, que nada mais era que o lucro, a propriedade privada e a exploração dos trabalhadores, que formavam a classe popular e menos favorecida. Outra forma de favorecer o capitalismo foi a delimitação de fronteiras, surgindo as nações, para que cada uma tivesse controlo do seu sistema de desenvolvimento.

Práxis e Revolução

Francis, Gislaine, Mykael

A historia do homem é, conforme Marx, a história da luta de classes, da luta constante entre interesses opostos e que está presente em vários níveis da sociedade desde o surgimento da propriedade privada, ou seja, a diferença entre as classes sociais não se reduzem a apenas uma diferença de riquezas, mas expressam uma diferença de existência material onde há uma classe econômica dominante que diante da alienação do proletariado que desconhece que é ele a chave para que tudo funcione, cria através do poder do Estado, leis e planos econômicos que legitimam seus interesses em forma de lei.
Mas, afinal o que é Práxis?
A práxis para Marx, é o movimento que o ser humano faz agindo na realidade em que vive, e que ao transformá-la, transforma a si mesmo e se realiza. Marx afirmava que o Ser humano é Práxis e que esta se realiza em condições históricas dadas e, como sabemos, as condições são postas pela divisão social de trabalho, pelas relações de produção(relação entre meios de produção e forças produtivas), portanto, pela forma da propriedade e pela divisão social de classes. Por isso Marx, afirmava que, é preciso a tomada da consciência da classe operaria e sua mobilização para a ação política analisando sua práxis cotidiana o trabalhador pode duvidar do que lhes é dito como verdade.
Para Marx, o estudo do modo de produção é fundamental para compreender como se organiza e funciona uma sociedade e o modo de produção capitalista é diferente de todos os outros, pois pela primeira vez na história surge uma propriedade privada, capaz de desenvolver-se, aumentando os lucros que segundo os ideólogos vem do comércio, e assim investidos na produção.
Na verdade, o lucro não vem da comercialização dos produtos, mas nasce na própria esfera de produção, isso é, resulta do tempo socialmente necessário para produzir alguma coisa e que tem seu valor determinado não por seu uso, mas pelo seu valor de troca onde estão inclusos desde o custo para produzir uma mercadoria(materia prima, ferramentas), até os trabalhadores que vendem sua força de trabalho como mais uma mercadoria entre outras em troca de um salário que seja suficiente para garantir sua subsistência.
E o que é o salário?
A economia política afirma que o salário corresponde aos custos e ao preço da produção de uma mercadoria, mas não é bem assim. Pois, o trabalho é a fonte de valor e o trabalhador criará durante um dia de trabalho mais valor do que o capitalista paga por seus dias de trabalho.
Por exemplo, em um dia de trabalho de 8 horas, o trabalho de 4 horas seja suficiente para compor o valor total do salário a ser pago pelo patrão pelas 8 horas. As outras 4 horas não são calculadas e o trabalhador produziu muito mais mercadorias que serão embolsadas pelo patrão.
Esse procedimento ocorre em toda indústria e é chamada de Mais-Valia e é esta que forma o lucro que será investido para aumentar o Capital.
Marx tentou demonstrar que no capitalismo sempre haveria injustiça social e que o Capitalimos é isso, um regime economido que se sustenta através da exploração, sendo a Mais- Valia fundamental para o sistema.
A burguesia tem todos os recursos tanto materiais, intelectuais, políticos e militar a sua disposição, utilizando isso para a preservação do poder econômico e do Estado, buscando impedir as práxis políticas (pensamentos políticos) dos trabalhadores. Os trabalhados se sentindo acuados não vem outra saída se não a revolução.
As teorias marxistas não se confundem com as teorias utópicas de cidade perfeita e libertárias com a idéia de liberdade absoluta porque não se prende em teorias de sociedade injusta, infeliz, miserável, sofredora, mas em uma análise científica da sociedade capitalista, nas suas leis capital ou econômicas, aonde os trabalhadores encontram formas e realizam suas próprias emancipações sem a exploração dos mesmos). Marx e Engels falavam que essas liberdades que os trabalhadores queriam só dependiam deles mesmos e que eles deveriam escrever essa história, só assim a sociedade comunista (trabalhadores no poder) poderia surgir e acabar com todas as classes sociais, propriedade privada, exploração de trabalhadores e sem o poder do Estado, ou seja, uma sociedade livre e igualitária.
Marx e Engels consideravam que a fase final do combate seria a revolução e que antes da sociedade comunista chegar os proletários teriam que derrubar ou demolir primeiro o poder do Estado ou aparato estatal tanto jurídico, burocrático, político e militar do burguês.
Essa demolição foi denominada de “DITADURA DO PROLETÁRIADO”, essa ditadura seria um pequeno período em que a sociedade tinha um Estado e não a burguesia, com isso o proletária se tornaria uma classe social e governariam com o objetivo de eliminar as classes sociais causadoras da exploração social.
Com isso Marx julgava que essa seria a ultima revolução por abolir a propriedade privada e que só assim o trabalho seria verdadeiramente práxis humana criadora.


"O Manifesto Comunista como não poderia deixar de ser, termina triunfalista e animando. Não quer espiritualizar e sim emocionar para a luta. Curiosamente, retoma a idéia do “fantasma” ao desejar que “as classes dominantes tremam diante da idéia de uma revolução comunista”. Os proletariados que têm um mundo a ganhar com a revolução, também são, afinal, conclamados, na célere frase, que tantos sonhos, projetos de vida e revoluções sociais já inspirou:

PROLETARIOS DE TODOS OS PAÍSES, UNI-VOS!


Francisco, Suzanik e Ticiane

Romanos: A Construção do Príncipe

Após o primeiro período da história, Roma torna-se República Aristocrática governada pelos grandes senhores de terras, os patrícios e pelos representantes eleitos pela plebe, os tribunos da plebe. O poder cabia a uma instituição designada como Senado e o Povo. Plebeus, que por suas riquezas, casamentos ou feitos militares também se tornavam parte do grupo governante.
Roma tornou-se uma República por três motivos: 1º O governo estava submetido a leis; 2º A Res Publica, ou seja, o solo público era distribuído às famílias, mas pertencia à Roma; 3º O governo administrava os fundos políticos para cuidar da infra-estrutura necessária à cidade e para a manutenção do exército.
Dois cônsules, eleitos pelo Senado e pelo Povo tinha dois poderes, o administrativo e o imperium (judiciário e militar). O Senado tinha duas autoridades: o conselho dos magistrados e a autoridade moral sobre a religião e política. Roma era uma República Oligárquica e em 50 anos conquistou todo o mundo que era conhecido, com exceção da índia e da China.
Pouco a pouco, alguns cônsules, reivindicam mais poder e autoridade, instalando-se assim uma República monárquica, que se inicia com Julio César e se consolida nas mão de Augusto. Institui-se então o principado, onde o príncipe era a autoridade suprema. Passa-se então a se preocupar com a imagem do príncipe, onde este deveria ser modelo de virtude, coragem e sabedoria, pois as comunidades o terão como exemplo e esta o imitará.
O príncipe era educado para ter o conjunto de virtudes principescas. A primeira delas era comum a todo o homem virtuoso: deveria ter sabedoria, prudência, justiça, coragem temperança, moderação... A segunda virtude era honradez, magnanimidade, capacidades de dar punições justas e de perdoar, nesse caso, deveria ter as virtudes propriamente ditas de um príncipe. A terceira virtude era o que todo o príncipe tinha que desejar ter: glória e fama. O príncipe seguia a linha do Bom Governo e era detentor do Bom Conselho, tendo sempre que se justo e sábio em suas decisões, já que era um exemplo a ser seguido pelos demais cidadãos.

O Poder Teológico - Político (O Cristianismo)

Para entender a politica cristã, devemos entender 2 (duas) tradições que são as: heranças do cristianismo a HEBRAICA que eram os patriarcas (reis) o poder irrevogável que tinha o poder dos TEOCRATICO (DEUS).
A outra tradição é a ROMANA e ela surge quando o poder se expande, dividindo se assim em dois grupos religião e o imperador – o imperador acreditava nas leis divinas mas ele queria que seu povo seguisse um poder centralizado (Hierarquizado) – ele queria que seu povo cumprisse as ordens de seus funcionários que eram os militares.

A Instituição Eclesiástica
O cristianismo não era uma religião, mas o imperador acreditava que JESUS viria a TERRA e seria o rei do povo. Mas essas idéias foram quebradas, já que o cristianismo não poderia ser uma religião.
Para ser uma religião ele (cristianismo) teria que possuir uma apólice (uma espécie de alvará do imperador), mas como o imperador não aceitava o cristianismo, por esse motivo o cristianismo surge como uma SEITA religiosa.
A seita não era uma comunidade política e sim algo que se dirigia ao ser humano em geral sem distinção de nação ou povo, com a promessa de salvação individual e eterna. A herança judaica (1ºs apóstolos) é formada pela instituição da seita cristã que irá se diferenciar-se das outras, pois a seita cristã que é composta pela comunidade cristã (padres, bispos, membros de um povo da palavra sagrada), e esta relacionada com o batismo, eucaristia entre outras).
Eclesiástica que significa a assembléia dos fieis, era onde os fiéis estes que defendiam o cristianismo (aqueles que crêem em DEUS), outras comunidades que acreditavam em Deus era os Teocrático (Deus Supremo); por isso que eles defendiam o cristianismo.
A comunidade cristã daí entra com regras e objetivos de poder hierárquico no caso bispo, padres, sacerdotes, e na luta contra o poder militar. Com a instituição eclesiástica foi-se capaz de convencer o Imperador Constantino, a transformar o cristianismo em religião oficial e reter estruturas militares e burocráticas em suas próprias organizações.

O Poder Teológico o Político

O poder da igreja cresce a medida que se esfacela e desmorona o império romano. Dois motivos levam a esse crescimento: em primeiro a expansão do próprio cristianismo pela evangelização dos povos. O segundo porque com o esfacelamento de Roma, resultará no século seguinte no feudalismo. Com isso inferiu pequenos poderes locais isolados. O único poder centralizado e organizado era o da igreja. A igreja detinha três poderes crescentes: o poder religioso de ligar e desligar os homens de Deus; o poder econômico, que era decorrente das grandes propriedades fundiárias no decorrer de vários séculos e por ultimo o poder intelectual, tornando-se guardiã e interprete única dos textos sagrados – a Bíblia – e de todos os textos pela cultura Greco – romana.

As Teorias Teológico – Políticas

Na elaboração da teologia política, os teóricos cristãos dispunham de três fontes principais: a Bíblia latina, os códigos dos imperadores romanos e as idéias retiradas de algumas poucas obras conhecidas de Platão, Aristóteles e sobretudo Cícero.
De Platão vinha a idéia de comunidade justa, organizada hierarquicamente e governada por sábios legisladores. De Aristóteles, vinha a idéia de que a finalidade do poder era a justiça como bem supremo da comunidade. De Cícero, a idéia do Bom Governo, príncipe virtuoso e espelho para a comunidade. De todos eles, a idéia de que a política era resultado da natureza e da razão. No entanto essas idéias filosóficas, precisavam ser conciliadas com outra fonte de pensamento político, a Bíblia. Essa conciliação não era fácil, pois a escritura sagrada, não considerava o poder algo natural e originado da razão, mas proveniente da vontade de Deus.
A Bíblia é um conjunto de textos de proveniências, épocas e autores muito diferentes, escritas em várias línguas – hebraica, aramaico, grego, etc. – formando dois grupos principais: Antigo e Novo Testamento. Ao ser traduzida para o latim, tradutores só dispunham da língua culta romana. A tradução verteu os diferentes textos para a linguagem latina clássica, fazendo prevalecer a língua jurídica e legal romana. A Bíblia latinizada servirá de base para as teorias políticas e fornecerá os critérios para decidir o que aceitar e o que recusar das idéias de Platão, Aristóteles e Cícero.
As teorias do poder teológico políticas, embora tenham recebido diferentes formulações no decorrer da idade média, apresentavam os seguintes pontos em comum:
- O poder é teocrático e pertence a Deus, dele vem os homens escolhidos para representá-los;
- O Rei traz a lei em seu peito e o que apraz ao Rei tem força de lei;
- O príncipe cristão deve possuir o conjunto das virtudes cristãs: fé, esperança e caridade;
- A comunidade e o rei formam o corpo político;
- A hierarquia política e social é considerada e ordenada por Deus natural;
- No topo da hierarquia encontra-se o papa e o imperador. O primeiro exige o poder espiritual e o segundo o poder temporal;
- A justiça, finalidade da comunidade cristã é a hierarquia da submissão e obediência do inferior ao superior, pois é essa a ordem natural criada pela lei divina. A vida temporal é inferior a vida espiritual e por isso a finalidade maior do governante é a salvação da alma imortal de seus súditos, pelo qual responderá perante Deus.

Auctoritas e Potestas.

Auctoritas: Poder no sentido pleno, autoridade para promulgar leis e fazer justiça. Fundadora da comunidade política.
Potestas: Poder de fato para administrar coisas e pessoas. Fundadora da atividade executiva.
Os potestas são inferiores aos auctoritas.
O papa possui autoridade espiritual voltada para a salvação. Os reis possuem a autoridade legal e a potencia administrativa. Pouco a pouco há um conflito entre essas duas autoridades, que passa a ser chamada de querela das investiduras. Esse conflito passa a ser conseqüência da concepção teocrática do poder: Deus escolhe quem deverá representá-lo, mas quem será: O Papa ou o Rei?
A primeira solução foi proposta por Carlos Magno, com a teoria da dupla investidura: O imperador é investido pelo poder do Papa que o coroa e unge; o Papa recebe do Imperador a investidura da espada, jurando defender e proteger a igreja, desde que esta não se intrometa em seus assuntos. Desse modo, um passa a depender do outro.
Outro conflito é entre o Imperador e a Assembléia entre Barões e Reis, que diz respeito a escolha do imperador. O barões e reis afirmam que são instituidores do imperador, sem eles, ele não estaria ali. Este porém usa a Bíblia, afirmando que seu poder vem de Deus e não deles. A solução é trazida pela teoria que distingue eleição de unção. O imperador é eleito pelos seus pares para o cargo, mas só terá o poder de fato depois de ser ungido pelos óleos santos do Papa.

O Dualismo do Poder

Dualismo tem o significado de sistema religioso que admite juntos dois princípios diferentes na Idade Média que são:
• Cidade de DEUS - Igreja
• Cidade dos HOMENS - Política
E é onde Aristóteles luta para separar esses dois princípios.

Segundo o teólogo SÃO TOMAS DE AQUINO pensava que:
 Homem é um animal social;
 Organizam-se em comunidades
 Instituíam relações de poder e obediência
 Não crê em DEUS, apenas no poder Político.

Diferentemente do modo de pensar de SANTO AGOSTINHO:
 O homem permanece no seno de Justiça;
 Dar a cada o que é de Direito
 Fundou a comunidade política para defender a Justiça de Todos.

Para assegurar o bem comum, a finalidade da comunidade política é a ordem onde inferiores tinham que obedecer aos seus superiores, e na justiça dar para cada um segundo mérito a suas necessidades.Todos tem direito à vida, direito aos bens materiais e espirituais mesmo acreditando na vontade suprema de DEUS. E quem defendia esta linha de bem comum e de subjetividade natural é o Teólogo OCKAM que mantém a idéia de bom governante da monarquia (rei – poder – supremo), mas acreditava em DEUS.
Até que finalmente surge a Reforma Protestante onde eles lutam para acabar com o governo e assumir tal posto, utilizando para o instrumento legal, quando o governo se torna ilegal podemos lutar contra ele. Onde ele quis defender a lei natural, mas continuar com as idéias divididas de governar.

Ideologia da competência

Nome: Leandro da Costa Moreira 2º ano de turismo

A ideologia burguesa afirmava existir os detentores do poder, que são os homens que ocupam um certo destaque devido a função exercida em seu meio social. Um pai de família que estabelece regras de comportamento e de conduta, possui o poder. Um patrão que estabelece em sua empresa maneiras de agir e de se portar dentro da organização, detém o poder. Mediante isso, a ideologia é a forma de conduzirmos as pessoas, incutindo em suas mentes o certo e o errado, o bom e o ruim e assim por diante. Com a chegada da industrialização houve uma mudança ideológica. Não são mais os detentores do poder (pai, patrão, professor, governo) que ditam as regras e o pensamento humano, mas sim as organizações.
Daí em diante surge os detentores do saber (patrão) que são os dominantes; e os que não possuem o saber (operários) que são os dominados. A industrialização faz surgir as classes sociais. A ideologia não tem história. Ela se faz e se refaz de acordo com os interesses da classe dominante, de acordo com as mudanças do mercado, atendendo também os interesses mercadológicos. Com isso a ideologia nunca foi desmascarada, ou seja, propagada tal como é, pois se fosse revelada as verdadeiras intenções causaria impacto e revolta da classe popular. Para que a ideologia atendesse as demais classes sociais, esta deveria ser dirigida pelas classes populares, onde os interesses de dominação, de economia de mercado, se desmantelaria.
Fazendo uma analogia ao turismo podemos verificar que hoje em dia existe pessoas que viajam simplesmente por status, e são conduzidos através da mídia. Esta diz que tal lugar é prazeroso, é o paraíso, só falta você pra conhecer. Ou seja, somos conduzidos pelos dominantes. No texto da Marilena Chauí existe a classe popular e a elitizada. Estes dois públicos possuem percepções e nível cultural diferente. A primeira classe prefere lugares agitados, que estão na moda, e estão normalmente lotados como praias, bares. Já a segunda prefere lugares de contemplação e de enriquecimento cultural.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A ideologia da competência

ADRIANO MARTINS

A IDEOLOGIA DA COMPETÊNCIA
A ideologia tradicional é a ideologia burguesa, mas com o desenvolvimento industrial e a chegada do Fordismo na década de trinta e a aplicação de uma prática chamada de organização, as coisas mudaram. A organização introduziu no trabalho industrial a linha de montagem e a gerência científica, na primeira o trabalhador é destituído do conhecimento da construção do objeto completo, trabalhando apenas com uma função específica, na segunda ele é separado de quem tem esse conhecimento, que são os gerentes e administradores nascendo assim uma divisão social no trabalho entre os que têm competência para comandar e quem tem competência apenas para executar o trabalho. Essa prática se espalha e se difunde por outras classes e instituições e é daí que vem uma nova ideologia classificada como ideologia invisível por que diferentemente da ideologia burguesa que tem suas idéias produzidas pelos pais, professores e outros agentes, essa nova ideologia parece não possuir agentes produzindo as idéias, mas que na verdade quem produz essas idéias são as leis de mercado. Quando juntamos a organização e a tecnologia aplicadas no trabalho industrial, ocorre uma divisão social das classes entre os que possuem o poder por que possuem o saber e os que não possuem o poder por que não possuem o saber então preferimos chamar esta ideologia de ideologia de competência. Esta possui uma modalidade chamada de competência privada que procura validar o trabalhador depois de invalidá-los, mas com isso torna-os indivíduos privados. As pessoas seguem um modelo de vida ditado por especialistas, como nutricionistas, psicólogos e outros profissionais que irão lhes ensinar a viver e a se relacionar, seguem o espetáculo da mídia e perdem sua própria identidade. Isso acontece muito na área do turismo, pois hoje em dia existem cidades fabricadas para viverem do turismo, acabando com a história real da cidade e de sua população, ou até lugares que se transformam em verdadeiros pontos turísticos por terem aparecido em uma novela ou em um comercial de cerveja. Para acabar com essa ideologia dominante somente uma prática política nascida dos explorados e dominados e dirigidas por eles próprios.

A Ideologia da Competencia (Marcello Gustavo Lima Fagundes Varella)

Em um estudo sobre a gênese da ideologia Claude Lefort analisa a mudança da ideologia do século XX. A ideologia burguesa visava conceitos de bom mal certo errado e outros estipulando quais valores ou leis deviam ser seguidos numa visão vertical de estipulação de conceitos.
Porem a partir dos anos 30 do século 20 ouve uma mudança na visão da ideologia social principalmente no requisito trabalho, foram aplicados métodos como Fordismo e a produção em serie praticando uma nova organização.
As principais características da organização são;
1º visão de que organizar é administrar, a razão dessa administração consiste em afirma que, não é necessário discutir os fins, mas estabelecer meios eficazes.
2º a visão de uma eficiente organização com uma hierarquia na qual, todos se identifiquem e seus lugares nessa hierarquia.
3º a organização e uma administração lógica e cientifica que toma decisões baseado em lógica.
E BLA BLA BLA BLA BLA BLA, aff já to cheio de ficar resumindo o texto, La vai um pouco do meu conceito de ideologia.
A ideologia é uma junção de idéias e conceitos de uma sociedade visando e estipulando as idéias que devem ser seguidas se traduzirmos a palavra ideologia em literalmente significaria estudo das idéias, quando falamos de ideologias estamos falando de conceitos à idéia no sentido um pensamento a se seguir, qual é visão geral sobre determinados assuntos.
O texto lida mais com a visão de ideologia no sentindo social ligado diretamente com o trabalho e sua alienação, quando falamos da ideologia de competência estamos ligado com a visão de competência no trabalho que define como competente aquele que tem conhecimentos específicos, e incompetentes os que obedecem a ordens. Não somente isso, mas o próprio Fordismo e a produção em serie e mais um incentivo a alienação, já que esses em si estimulam o trabalho cego fazendo com que os trabalhadores não entendam nem enxergam nada nem do que fazem.
Quando tratamos da ideologia da competência estamos falando sobre a ideologia invisível já que essa recebeu por um momento esse nome por ser contralado por uma força invisivel, o mercado, que controla e decide oque deve ser feito em relação a tudo que diz respeito a empresa ou á propia ideologia que deve ser estipulada ao mundo.
Carlos Alberto Novelli
André Augusto Calmo
Bruno Garcia