sexta-feira, 2 de abril de 2010

Práxis e Revolução

Francis, Gislaine, Mykael

A historia do homem é, conforme Marx, a história da luta de classes, da luta constante entre interesses opostos e que está presente em vários níveis da sociedade desde o surgimento da propriedade privada, ou seja, a diferença entre as classes sociais não se reduzem a apenas uma diferença de riquezas, mas expressam uma diferença de existência material onde há uma classe econômica dominante que diante da alienação do proletariado que desconhece que é ele a chave para que tudo funcione, cria através do poder do Estado, leis e planos econômicos que legitimam seus interesses em forma de lei.
Mas, afinal o que é Práxis?
A práxis para Marx, é o movimento que o ser humano faz agindo na realidade em que vive, e que ao transformá-la, transforma a si mesmo e se realiza. Marx afirmava que o Ser humano é Práxis e que esta se realiza em condições históricas dadas e, como sabemos, as condições são postas pela divisão social de trabalho, pelas relações de produção(relação entre meios de produção e forças produtivas), portanto, pela forma da propriedade e pela divisão social de classes. Por isso Marx, afirmava que, é preciso a tomada da consciência da classe operaria e sua mobilização para a ação política analisando sua práxis cotidiana o trabalhador pode duvidar do que lhes é dito como verdade.
Para Marx, o estudo do modo de produção é fundamental para compreender como se organiza e funciona uma sociedade e o modo de produção capitalista é diferente de todos os outros, pois pela primeira vez na história surge uma propriedade privada, capaz de desenvolver-se, aumentando os lucros que segundo os ideólogos vem do comércio, e assim investidos na produção.
Na verdade, o lucro não vem da comercialização dos produtos, mas nasce na própria esfera de produção, isso é, resulta do tempo socialmente necessário para produzir alguma coisa e que tem seu valor determinado não por seu uso, mas pelo seu valor de troca onde estão inclusos desde o custo para produzir uma mercadoria(materia prima, ferramentas), até os trabalhadores que vendem sua força de trabalho como mais uma mercadoria entre outras em troca de um salário que seja suficiente para garantir sua subsistência.
E o que é o salário?
A economia política afirma que o salário corresponde aos custos e ao preço da produção de uma mercadoria, mas não é bem assim. Pois, o trabalho é a fonte de valor e o trabalhador criará durante um dia de trabalho mais valor do que o capitalista paga por seus dias de trabalho.
Por exemplo, em um dia de trabalho de 8 horas, o trabalho de 4 horas seja suficiente para compor o valor total do salário a ser pago pelo patrão pelas 8 horas. As outras 4 horas não são calculadas e o trabalhador produziu muito mais mercadorias que serão embolsadas pelo patrão.
Esse procedimento ocorre em toda indústria e é chamada de Mais-Valia e é esta que forma o lucro que será investido para aumentar o Capital.
Marx tentou demonstrar que no capitalismo sempre haveria injustiça social e que o Capitalimos é isso, um regime economido que se sustenta através da exploração, sendo a Mais- Valia fundamental para o sistema.
A burguesia tem todos os recursos tanto materiais, intelectuais, políticos e militar a sua disposição, utilizando isso para a preservação do poder econômico e do Estado, buscando impedir as práxis políticas (pensamentos políticos) dos trabalhadores. Os trabalhados se sentindo acuados não vem outra saída se não a revolução.
As teorias marxistas não se confundem com as teorias utópicas de cidade perfeita e libertárias com a idéia de liberdade absoluta porque não se prende em teorias de sociedade injusta, infeliz, miserável, sofredora, mas em uma análise científica da sociedade capitalista, nas suas leis capital ou econômicas, aonde os trabalhadores encontram formas e realizam suas próprias emancipações sem a exploração dos mesmos). Marx e Engels falavam que essas liberdades que os trabalhadores queriam só dependiam deles mesmos e que eles deveriam escrever essa história, só assim a sociedade comunista (trabalhadores no poder) poderia surgir e acabar com todas as classes sociais, propriedade privada, exploração de trabalhadores e sem o poder do Estado, ou seja, uma sociedade livre e igualitária.
Marx e Engels consideravam que a fase final do combate seria a revolução e que antes da sociedade comunista chegar os proletários teriam que derrubar ou demolir primeiro o poder do Estado ou aparato estatal tanto jurídico, burocrático, político e militar do burguês.
Essa demolição foi denominada de “DITADURA DO PROLETÁRIADO”, essa ditadura seria um pequeno período em que a sociedade tinha um Estado e não a burguesia, com isso o proletária se tornaria uma classe social e governariam com o objetivo de eliminar as classes sociais causadoras da exploração social.
Com isso Marx julgava que essa seria a ultima revolução por abolir a propriedade privada e que só assim o trabalho seria verdadeiramente práxis humana criadora.


"O Manifesto Comunista como não poderia deixar de ser, termina triunfalista e animando. Não quer espiritualizar e sim emocionar para a luta. Curiosamente, retoma a idéia do “fantasma” ao desejar que “as classes dominantes tremam diante da idéia de uma revolução comunista”. Os proletariados que têm um mundo a ganhar com a revolução, também são, afinal, conclamados, na célere frase, que tantos sonhos, projetos de vida e revoluções sociais já inspirou:

PROLETARIOS DE TODOS OS PAÍSES, UNI-VOS!


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