sexta-feira, 2 de abril de 2010

Ideologia da competência

Com o Fordismo não somente as relações sociais do trabalho foram modificadas mas também as relações entre os indivíduos no meio social; ao limitar os movimentos das pessoas no trabalho, limita-se a forma de relacionar-se, de pensar e de agir.
Na ideologia invisível – burguesa, as idéias eram passadas para a sociedade por agentes sociais, como pais, padre, professor, sábio. Com a ideologia da competência houve uma divisão social entre os que possuem poder por possuírem saber e os que não possuem poder por não possuírem saber, então dividiam-se a sociedade entre os competentes da hierarquia organizacional, e quem não possui conhecimento apenas segue as ordens.
Esse sistema se alimenta das pessoas, da sociedade os trabalhadores, alienados, perdem sua identidade, já que apenas cumprem ordens, não conseguem se identificar com o trabalho que desempenham, não tendo referencial. A indústria do turismo aproveitando-se desta alienação da sociedade, projeta imagens de paraíso e ideais de liberdade alcançada com a viagem perfeita e o consumo excessivo.
O indivíduo é adaptado e inserido no pensamento linear (linha de montagem) – especialização leva o cidadão a crer que necessita receber ordens para poder executar algo, não vive por si, não produz as próprias idéias, não é capaz de pensar.
Não importa o que o indivíduo é no social, o que realmente importa é o seu trabalho, ele vive o trabalho, a produção e as ordens a serem seguidas. A lei é feita pelo mercado- consumo, que dita até mesmo o que deve ser usado, comido, o Estado regulamenta as leis e o ser humano não pensa, só favorece o mercado, sendo assim quanto mais alienado, maior a necessidade de consumo.

Lizandra Karina Morini

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