sexta-feira, 2 de abril de 2010

Francisco, Suzanik e Ticiane

Romanos: A Construção do Príncipe

Após o primeiro período da história, Roma torna-se República Aristocrática governada pelos grandes senhores de terras, os patrícios e pelos representantes eleitos pela plebe, os tribunos da plebe. O poder cabia a uma instituição designada como Senado e o Povo. Plebeus, que por suas riquezas, casamentos ou feitos militares também se tornavam parte do grupo governante.
Roma tornou-se uma República por três motivos: 1º O governo estava submetido a leis; 2º A Res Publica, ou seja, o solo público era distribuído às famílias, mas pertencia à Roma; 3º O governo administrava os fundos políticos para cuidar da infra-estrutura necessária à cidade e para a manutenção do exército.
Dois cônsules, eleitos pelo Senado e pelo Povo tinha dois poderes, o administrativo e o imperium (judiciário e militar). O Senado tinha duas autoridades: o conselho dos magistrados e a autoridade moral sobre a religião e política. Roma era uma República Oligárquica e em 50 anos conquistou todo o mundo que era conhecido, com exceção da índia e da China.
Pouco a pouco, alguns cônsules, reivindicam mais poder e autoridade, instalando-se assim uma República monárquica, que se inicia com Julio César e se consolida nas mão de Augusto. Institui-se então o principado, onde o príncipe era a autoridade suprema. Passa-se então a se preocupar com a imagem do príncipe, onde este deveria ser modelo de virtude, coragem e sabedoria, pois as comunidades o terão como exemplo e esta o imitará.
O príncipe era educado para ter o conjunto de virtudes principescas. A primeira delas era comum a todo o homem virtuoso: deveria ter sabedoria, prudência, justiça, coragem temperança, moderação... A segunda virtude era honradez, magnanimidade, capacidades de dar punições justas e de perdoar, nesse caso, deveria ter as virtudes propriamente ditas de um príncipe. A terceira virtude era o que todo o príncipe tinha que desejar ter: glória e fama. O príncipe seguia a linha do Bom Governo e era detentor do Bom Conselho, tendo sempre que se justo e sábio em suas decisões, já que era um exemplo a ser seguido pelos demais cidadãos.

O Poder Teológico - Político (O Cristianismo)

Para entender a politica cristã, devemos entender 2 (duas) tradições que são as: heranças do cristianismo a HEBRAICA que eram os patriarcas (reis) o poder irrevogável que tinha o poder dos TEOCRATICO (DEUS).
A outra tradição é a ROMANA e ela surge quando o poder se expande, dividindo se assim em dois grupos religião e o imperador – o imperador acreditava nas leis divinas mas ele queria que seu povo seguisse um poder centralizado (Hierarquizado) – ele queria que seu povo cumprisse as ordens de seus funcionários que eram os militares.

A Instituição Eclesiástica
O cristianismo não era uma religião, mas o imperador acreditava que JESUS viria a TERRA e seria o rei do povo. Mas essas idéias foram quebradas, já que o cristianismo não poderia ser uma religião.
Para ser uma religião ele (cristianismo) teria que possuir uma apólice (uma espécie de alvará do imperador), mas como o imperador não aceitava o cristianismo, por esse motivo o cristianismo surge como uma SEITA religiosa.
A seita não era uma comunidade política e sim algo que se dirigia ao ser humano em geral sem distinção de nação ou povo, com a promessa de salvação individual e eterna. A herança judaica (1ºs apóstolos) é formada pela instituição da seita cristã que irá se diferenciar-se das outras, pois a seita cristã que é composta pela comunidade cristã (padres, bispos, membros de um povo da palavra sagrada), e esta relacionada com o batismo, eucaristia entre outras).
Eclesiástica que significa a assembléia dos fieis, era onde os fiéis estes que defendiam o cristianismo (aqueles que crêem em DEUS), outras comunidades que acreditavam em Deus era os Teocrático (Deus Supremo); por isso que eles defendiam o cristianismo.
A comunidade cristã daí entra com regras e objetivos de poder hierárquico no caso bispo, padres, sacerdotes, e na luta contra o poder militar. Com a instituição eclesiástica foi-se capaz de convencer o Imperador Constantino, a transformar o cristianismo em religião oficial e reter estruturas militares e burocráticas em suas próprias organizações.

O Poder Teológico o Político

O poder da igreja cresce a medida que se esfacela e desmorona o império romano. Dois motivos levam a esse crescimento: em primeiro a expansão do próprio cristianismo pela evangelização dos povos. O segundo porque com o esfacelamento de Roma, resultará no século seguinte no feudalismo. Com isso inferiu pequenos poderes locais isolados. O único poder centralizado e organizado era o da igreja. A igreja detinha três poderes crescentes: o poder religioso de ligar e desligar os homens de Deus; o poder econômico, que era decorrente das grandes propriedades fundiárias no decorrer de vários séculos e por ultimo o poder intelectual, tornando-se guardiã e interprete única dos textos sagrados – a Bíblia – e de todos os textos pela cultura Greco – romana.

As Teorias Teológico – Políticas

Na elaboração da teologia política, os teóricos cristãos dispunham de três fontes principais: a Bíblia latina, os códigos dos imperadores romanos e as idéias retiradas de algumas poucas obras conhecidas de Platão, Aristóteles e sobretudo Cícero.
De Platão vinha a idéia de comunidade justa, organizada hierarquicamente e governada por sábios legisladores. De Aristóteles, vinha a idéia de que a finalidade do poder era a justiça como bem supremo da comunidade. De Cícero, a idéia do Bom Governo, príncipe virtuoso e espelho para a comunidade. De todos eles, a idéia de que a política era resultado da natureza e da razão. No entanto essas idéias filosóficas, precisavam ser conciliadas com outra fonte de pensamento político, a Bíblia. Essa conciliação não era fácil, pois a escritura sagrada, não considerava o poder algo natural e originado da razão, mas proveniente da vontade de Deus.
A Bíblia é um conjunto de textos de proveniências, épocas e autores muito diferentes, escritas em várias línguas – hebraica, aramaico, grego, etc. – formando dois grupos principais: Antigo e Novo Testamento. Ao ser traduzida para o latim, tradutores só dispunham da língua culta romana. A tradução verteu os diferentes textos para a linguagem latina clássica, fazendo prevalecer a língua jurídica e legal romana. A Bíblia latinizada servirá de base para as teorias políticas e fornecerá os critérios para decidir o que aceitar e o que recusar das idéias de Platão, Aristóteles e Cícero.
As teorias do poder teológico políticas, embora tenham recebido diferentes formulações no decorrer da idade média, apresentavam os seguintes pontos em comum:
- O poder é teocrático e pertence a Deus, dele vem os homens escolhidos para representá-los;
- O Rei traz a lei em seu peito e o que apraz ao Rei tem força de lei;
- O príncipe cristão deve possuir o conjunto das virtudes cristãs: fé, esperança e caridade;
- A comunidade e o rei formam o corpo político;
- A hierarquia política e social é considerada e ordenada por Deus natural;
- No topo da hierarquia encontra-se o papa e o imperador. O primeiro exige o poder espiritual e o segundo o poder temporal;
- A justiça, finalidade da comunidade cristã é a hierarquia da submissão e obediência do inferior ao superior, pois é essa a ordem natural criada pela lei divina. A vida temporal é inferior a vida espiritual e por isso a finalidade maior do governante é a salvação da alma imortal de seus súditos, pelo qual responderá perante Deus.

Auctoritas e Potestas.

Auctoritas: Poder no sentido pleno, autoridade para promulgar leis e fazer justiça. Fundadora da comunidade política.
Potestas: Poder de fato para administrar coisas e pessoas. Fundadora da atividade executiva.
Os potestas são inferiores aos auctoritas.
O papa possui autoridade espiritual voltada para a salvação. Os reis possuem a autoridade legal e a potencia administrativa. Pouco a pouco há um conflito entre essas duas autoridades, que passa a ser chamada de querela das investiduras. Esse conflito passa a ser conseqüência da concepção teocrática do poder: Deus escolhe quem deverá representá-lo, mas quem será: O Papa ou o Rei?
A primeira solução foi proposta por Carlos Magno, com a teoria da dupla investidura: O imperador é investido pelo poder do Papa que o coroa e unge; o Papa recebe do Imperador a investidura da espada, jurando defender e proteger a igreja, desde que esta não se intrometa em seus assuntos. Desse modo, um passa a depender do outro.
Outro conflito é entre o Imperador e a Assembléia entre Barões e Reis, que diz respeito a escolha do imperador. O barões e reis afirmam que são instituidores do imperador, sem eles, ele não estaria ali. Este porém usa a Bíblia, afirmando que seu poder vem de Deus e não deles. A solução é trazida pela teoria que distingue eleição de unção. O imperador é eleito pelos seus pares para o cargo, mas só terá o poder de fato depois de ser ungido pelos óleos santos do Papa.

O Dualismo do Poder

Dualismo tem o significado de sistema religioso que admite juntos dois princípios diferentes na Idade Média que são:
• Cidade de DEUS - Igreja
• Cidade dos HOMENS - Política
E é onde Aristóteles luta para separar esses dois princípios.

Segundo o teólogo SÃO TOMAS DE AQUINO pensava que:
 Homem é um animal social;
 Organizam-se em comunidades
 Instituíam relações de poder e obediência
 Não crê em DEUS, apenas no poder Político.

Diferentemente do modo de pensar de SANTO AGOSTINHO:
 O homem permanece no seno de Justiça;
 Dar a cada o que é de Direito
 Fundou a comunidade política para defender a Justiça de Todos.

Para assegurar o bem comum, a finalidade da comunidade política é a ordem onde inferiores tinham que obedecer aos seus superiores, e na justiça dar para cada um segundo mérito a suas necessidades.Todos tem direito à vida, direito aos bens materiais e espirituais mesmo acreditando na vontade suprema de DEUS. E quem defendia esta linha de bem comum e de subjetividade natural é o Teólogo OCKAM que mantém a idéia de bom governante da monarquia (rei – poder – supremo), mas acreditava em DEUS.
Até que finalmente surge a Reforma Protestante onde eles lutam para acabar com o governo e assumir tal posto, utilizando para o instrumento legal, quando o governo se torna ilegal podemos lutar contra ele. Onde ele quis defender a lei natural, mas continuar com as idéias divididas de governar.

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