domingo, 6 de junho de 2010

Conexões entre os textos

Carlos Alberto Novelli

Nova reformulação dos textos Ideologia da Competência, Complexidade, Rizoma, Micropolitica e Subjetividade, Os Intelectuais e o Poder.

Para Engels e Marx, " a ideologia não tem história, mas fabrica história para legitimar a dominação da classe dominante" (política maior). Com isso o poder se detém por essas classes definidas por seus interesses. Para Foucalt, o poder é antes,produtor, depois repressor, este então produz as maneiras de viver as verdades, também como devem ser as estruturas sociais e seus espaços; Guattari chama isso de micropolítica, ou seja, produtora da realidade, portanto produtoras parciais da subjetividade.
Nesse modelo de sociedade não se ensina os homens a serem honestos mas ensina-se tudo o mais (Pascal), Deleuze e Guattari defendem a totalidade do conhecimento onde se possa trazer uma multiplicidade de idéias, e o saber passa a ser uma funcionalidade sem hierarquia. A transversalidade rizomática aponta para a construção de possíveis trânsitos pela multiplicidade de saberes e suas policompreensões infinitas.
Se a educação pudesse favorecer a aptidão natural da mente e estimulasse a resolução dos problemas e o pleno emprego da inteligência geral, evitariasse o acúmulo estéril e desnecessário de conhecimentos. Para que isso acontecesse seria necessário a articulação das disciplinas e um verdadeiro reforço de pensamentos culminando com o final da ideologia da competência e o surgimento de uma multiplicidade de pensamentos, porém existe um sistema de poder que barra o saber que as massas possuem, na verdade é uma trama sutil dessa sociedade que visa o crescimento do capital sem se preocupar com a verdadeira realização do ser humano.
A globalização tende a unir os saberes para que a repressão possa ser mais abrangente e assim sufocar as resistências dos pequenos grupos que tentam mostrar que a mídia nos arrasta para um indeterminado difuso, que ditam suas tencências com seus "sucessos", sinalizando enfim o que o mundo/mercado espera de nós a cada momento e determina que temos que fazer parte dele estando sempre inteligível às demandas e prontos para a ação. Essa organização afirma que há racionalidade nas leis de mercado, os especialista dizem que há felicidade na competição e no sucesso, portantop esta organização é competente, os indivíduos e as classes sociais são incompetentes. Temos que ter consciência que nada é fixo, nem sujeito, nem espaço, tudo é passível de mudança, a subjetividade "não se situa no plano individual, seu campo é de todos os processos de produção social e material" (Guattari, 1986).]
Hoje, não se sabe quem detem o poder, se o Estado, se as Empresas, o que se sabe é quem não o possui e são os pequenos grupos que criam resistência e tentam formar um complexo rizomático para organizarem-se e assim terem uma cabeça bem feita e não bem cheia.
Pude então fazer uma análise mediante a esta relação e conexão dos textos aqui estudados, a conclusão a que cheguei é simples, porém flexível, até quando esta estrutura da sociedade de modelo hierárquico poderá impor sua ordem através da repressão sucinta e gradativa sobre este complexo rizomático que procura se organizar em pequenos grupos e tenta trazer a diversidade de pensamentos e portanto as possibilidades de mudanças geradas por essas subjetividades?
Essa política menor possibilita a existência de um sujeito determinado e resiliente que, em muitas situações pode parecer um anarquista e perturbador da ordem, mas só quer nos fazer refletir: "até quando seremos vaca de engenho?".
Quando pensamos mais especificamente na área do turismo, podemos observar que é um setor bastante promissor e em expansão. Porém a que custo isto está acontecendo? Estamos novamente observando uma dicotomia que vem acompanhada de altos interesses, geradas pelo mercado dominante, não pela pequena empresa que defende o turismo alternativo de baixa densidade, tipo caseiro e sem mercado dominante que teria apenas um interesse de suplementar a renda de pequenas famílias. Este é entendido como adequado e preocupado com as causas ambientais, sem agredir o meio ambiente, empregando recursos locais geridos pelas comunidade de acorlhimento que privilegia o desenrolar de atividades entre quem visita e quem é visitado sem por em causa o ambiente, relacionando o desenvolvimento com a promoção do local, conjugando o fator natural com o humano, além de respeitar o turista que deve ser entendido como o viajante que se desloca para visitar destinos diferentes do de residência habitual, por tempo limitado, com o objetivo de lazer que proporcione conhecimento e enriquecimento pessoal fundamentando no respeito mútuo com povos, culturas e ambientes naturais diferentes. Porém o que muitas vezes se ve são os altos interesses que criam Resorts acompanhados de programas midiáticos que levam os turistas a visitarem o lugar apenas por modismo, ou seja, porque todo mundo vai, sem perceber que estão nos ditando tendências, usando estratégias sordidas que nos conduzem para o sucesso do mundo tendencioso e interesseiro, muitas vezes envolvido com propriedade estrangeiras, porém essas garantem-se pela alta densidade e grandes recursos obtidos, permitindo assim continuar em seu merdado dominante e dogmátigo.

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