segunda-feira, 29 de março de 2010

Os Regimes Políticos.

A vida boa - Origem da Vida Politica

A política surgiu com os filósofos gregos e romanos, eles acreditavam que a política era de importância fundamental na vida social das pessoas, sem a mesma não seria possível viver em comunidade.
Muitos filósofos pré socráticos foram chefes políticos, pois eram eles os pensadores e as pessoas que poderiam auxiliar na melhor política para a cidade, tinham teorias para explicar a origem da política e a faziam de forma mitológica, explicam que na idade do ouro e do ferro acreditavam que a razão fundava a política os homens viviam juntamente com os Deuses, não necessitavam de leis e governos, quando ocorre uma queda dos humanos e passam a viver desprotegidos, descobrem o fogo, passam a coser os alimentos, tecem vestuários, trabalham metais , fabricam armas e formam famílias; Na idade do ferro, os homens vivem em grupos e travam guerras entre si e para acabar com as guerras os Deuses criam um homem para fazer as leis, ou seja um legislador.
Para os sofistas a vida política nasce por convenção entre os seres humanos, vivendo em comunidades seriam necessárias regras de convivência –leis- e nesse caso a justiça é o consenso quanto as leis e a política tem a finalidade de criar e preservar a justiça; chegava-se a esse consenso realizando debates e com isso a expressão da vontade da maioria eram representada por voto, os sofistas tornam-se professores na arte da discussão e persuasão.
Para Platão a polis e os seres humanos possuem a mesma estrutura, sendo que os humanos possuem três almas (concupiscente ou desejante representada pelo ventre, reje os apetites do corpo, necessários ao prazer; irascível ou colérica, representada pelo peito, defende o corpo das agressões; Racional ou intelectual representada pela mente se dedica ao conhecimento.)
Assim como os homens, a polis dividem-se em três partes: econômica (proprietário de terras, artesãos e comerciantes – responsáveis pela sobrevivência da cidade);Militar (guerreiros – defesa da cidade); Magistrados (governo das cidades sob as leis); Platão também acreditava que a cidade justa só é alcançada pela educação, defendia educação para homens e mulheres e crianças pois acreditava que não havia diferenças entre eles.
A teoria de Aristóteles divergia de Platão e os sofistas, para definir justiça deve-se dividir os bens entre partilháveis e participáveis (partilháveis seriam os bens materiais e participáveis seriam o poder político). Dizia: Dar de maneira desigual aos desiguais para torná-los iguais.

Lizandra

FINALIDADE DA VIDA POLÍTICA

Para os gregos, a finalidade da vida política era a justiça na comunidade. Para os sofistas, que eram defensores do caráter convencional da justiça e da lei, a polis nasce por convenção entre os seres humanos quando percebem que lhes é mais útil a vida em comum do que em isolamento. Convencionaram regras de convivência que se tornaram leis. A justiça é o consenso quanto essas leis e a finalidade da política é criar e preservar esse consenso. Para os sofistas se chega a esse consenso através do debate, isto é, a expressão pública da vontade da maioria, obtida pelo voto. Eles eram professores da arte da discussão e da persuasão pela palavra.
Em oposição aos sofistas, Platão e Aristóteles afirmam o caráter natural da polis. Para Platão os seres humanos e a polis possuem a mesma estrutura. Os humanos são dotados de três almas ou três princípios de atividade: a alma concupiscente ou desejante (situada no ventre), ligada à sobrevivência e os prazeres do corpo; a alma irascível ou colérica (situada no peito), responsável pela defesa do corpo e a alma racional ou intelectual (situada na cabeça), é o conhecimento, o puro pensamento. E a polis é formada por três classes sociais: a classe econômica, que garante a sobrevivência da cidade; a classe militar, responsável pela defesa da cidade e a classe dos magistrados, garante o governo da cidade sob as leis. O homem justo é o homem virtuoso, que tem o domínio racional sobre o desejo e a cólera e a cidade justa é realizada com a educação dos cidadãos, que são educados desde a infância para as funções necessárias à cidade.
Aristóteles terá uma teoria política diversa a dos sofistas e de Platão. Ele diz que para determinarmos o que é justiça, precisamos distinguir dois tipos de bens: Os partilháveis e os participáveis. Um bem é partilhável quando é uma quantidade, que pode ser dividida e distribuída como, por exemplo, a riqueza. Já um bem é participável quando é uma qualidade indivisível, podendo ser apenas participada, o poder político é um bem participável. Existem, pois dois tipos de justiça na cidade: a distributiva, que é referente aos bens econômicos e tem como finalidade igualar os desiguais e a participativa, referente ao poder político. A cidade justa saberá distingui-las e realizar ambas.
A justiça política consiste em respeitar aquilo que a cidade mais valoriza. Há cidades que valorizam a honra, tem-se ai a monarquia onde somente um participa do poder. Em cidades que se valoriza a virtude e somente os melhores governam, tem-se a aristocracia. Onde valorizam a igualdade, julgando que todos possuem o direito de participar do poder, temos a democracia.

Adriano


Os Regimes Políticos.

Os regimes são assim classificados:
-arche - comando,á frente.
-kratos - poder,supremo.
-arquia (arche) - quantidade que comanda.
-cracia (kratos) - quem comanda.
Assim com a formação de palavras, fica:
monas (um pessoa)
oligos (algumas pessoas) + arquia (comando)
polos (muitas pessoas)
ana (ninguem)

autos (uma pessoa)
aristos (os melhores) + kratos (poder)
demos (o povo)

Na Grécia e em Roma, a maior parte foi monarquia,com uma sociedade organizada, com um Conselho de Anciãos, guerreiros ou militares, assim pouco a pouco passou a ser oligárquico, famílias ricas e militares (“as melhores”), formando a aristocracia.
Somente em Atenas houve um regime verdadeiramente democrático, no resto da Grécia e em Roma era, oligárquico-aristocrático, e quando havia mudanças em classes as famílias eram hereditárias.
Platão e Aristóteles com experiências em regimes, divide-os em : políticos e não políticos, e as transformações.
Político, é quando as leis são reconhecidas publicamente, e todos estão submetidos à elas.
Não-político, quando existe um poder despótico, tirano, as leis não são para todos.
Também os regimes podem ser, legítimos justos (leis feitas com justiça), e ilegítimos, é injusto.
Os regimes se transformam por mudanças econômicas, quando existem muitos ricos,e poucos pobres e esta situação inverte, ou quando ocorrem guerras com conquistas.
Para Platão, a democracia passa para demagogia e depois em anarquia, chegando até a tirania. Estes regimes vão até o século XVII. Quando Montesquíeu estuda a política, ele muda o pensamento sobre ela, para ele o espírito das leis tem dois fatores principais: a natureza ou índole do povo e a extensão do território, numa cidade pequena com um povo de natureza igualitária, ocorre a democracia; já num grande território com um povo de natureza submissa, ocorre a monarquia.

Clebson Marcelo

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